As 5 ideias mais estranhas da aviação

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A aviação é recheada de boas ideias e escolhas fabulosas, que nossos ases e precursores tiveram e usaram para fazer do voo o que ele é hoje. Um claro exemplo disso foi a invenção e aprimoramento dos dispositivos hipersustentadores. É incrível ver como uma asa muda de comportamento com uma simples alteração no seu perfil. Mas claro quem nem todas as ideias foram boas, ou pelo menos repercutiram de forma positiva quando anunciadas. Houve sugestões, durante a breve vida da aviação, de aeronaves sem trem de pouso, ou com motores descartáveis. Hoje podemos dizer que foram ideias muito ridículas e impraticáveis.

O tema desta semana vai ser esse. Saindo um pouco da vertente séria, vamos ver os cinco piores conceitos já pensados na história da aviação. Houve muitas ideias realmente ruins, mas de todas podemos destacar cinco, as quais listaremos durante o decorrer da semana. Embora alguns sejam cômicos, outros não são nem um pouco engraçados, pois como no exemplo dado do conceito de uma aeronave sem trem de pouso, isso forçava os pilotos a realizarem pousos com pancadas fortes, deixando-os paraplégicos em alguns casos.

Lembro de que ouvi a seguinte frase de um amigo: “Tudo o que você imaginar fazer num avião, antes pare e pesquise, pois muito provavelmente já foi tentado e não deu certo”. Isso de fato se faz verdade, ainda mais quando se observam os exemplos da história. Você verá que praticamente tudo já foi tentado para “complicar” o voo, mas o perfeito conceito de voar teima em se manter sempre o mais simples possível.

Em meados de 1933, um projetista italiano pensou: “Se o motor é a parte mais importante da aeronave, então que esta seja construída ao redor dele!” E assim foi criado o Stipa Caprioni, aeronave singular que basicamente se fazia de um barril vazado, com um motor no centro e duas pequenas asas do lado, o suficiente para levantar voo. Sua controlabilidade era terrível: a aeronave era extremamente instável, sem falar que ia na contramão do design aeronáutico da época, por mais primitivo que este fosse. Custou o equivalente a alguns milhares de reais no seu tempo, e atrasou em alguns anos o real foco da Itália já na eminência da Segunda Guerra.

Curiosamente, o Stipa Caprioni trouxe uma grande vantagem para a aviação naquela época. Apesar do seu design ser contraditório, ele sugeriu o funcionamento de um duto de admissão simples para uma nova forma de motor, que já estava sendo pensada naquela época na Inglaterra e na Alemanha, o motor a jato. Ou seja, o conceito de uma aeronave construída ao redor do motor, com uma frente larga e aberta, embora estranho e perigoso, trouxe uma grande vantagem posteriormente para a aviação.

Eduardo Mateus Nobrega
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