5 mulheres que mudaram a história da aviação

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Quando falamos em nomes que marcaram a história da aviação, é inevitável nos lembrarmos de Santos Dumont, dos Irmãos Wright, Charles Lindbergh, Bob Hoover, entre tantos outros. Mas felizmente, a aviação não é um vestiário masculino. Muitas mulheres deixaram sua marca nos ares, com uma graça e ousadia que só elas poderiam ter.

Na semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, separamos para vocês um breve relato sobre cinco mulheres que deixaram seus nomes eternamente registrados na história da aviação mundial:


1. Ada Rogato

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Muitos podem acreditar que o Brasil não conta com representantes femininas no Hall da Fama da aviação mundial. Esses, no entanto, ficariam espantados ao conhecer a importância do nome Ada Rogato: filha de um casal de imigrantes italianos, Ada foi a primeira mulher brasileira a receber uma licença de piloto, além de ser também a primeira paraquedista brasileira, e ainda, a primeira pilota brasileira de voo a vela. Seus inúmeros feitos renderam-lhe um nome de honra na aviação brasileira.


2. Amelia Earhart

É impossível falar de mulheres pioneiras na aviação sem citar Amelia Earhart. Amelia foi a primeira mulher a atravessar o Oceano Atlântico em voo solo, além de ter realizado inúmeros outros feitos que lhe garantiram um lugar na história da aviação e do mundo. Sua morte permanece um mistério até os dias de hoje, visto que ela desapareceu sobre o Oceano Pacífico sem deixar quaisquer rastros, no ano de 1937, numa tentativa de voar ao redor do mundo. Curiosamente, o feito foi concluído em 2014 por uma homônima. A jornalista Amelia Rose Earhart, fascinada por ter o nome da pioneira, tornou-se piloto em 2004, concluindo um voo ao redor do mundo dez anos depois, a bordo de um Pilatus PC-12.


3. Helen Richey

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Helen Richey foi a primeira mulher a exercer a profissão de piloto de linha aérea. Nascida em 1909 em McKeesport, nos Estados Unidos, Helen obteve sua licença de piloto privado aos 20 anos de idade. Após estabelecer recordes de permanência no ar e de vencer uma corrida aérea, em 1934, Helen foi contratada pela Central Airlines, uma linha aérea que viria a ser absorvida pela United Airlines. Uma vitória e tanto numa época e sociedade onde mulheres mal tinham espaço em qualquer área profissional.


4. Ellen Church

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Há um bom motivo para as mulheres terem presença predominante entre os comissários de voo: ninguém melhor do que elas para cuidar do conforto e segurança dos passageiros sem perder a elegância e o sorriso. E a piloto e enfermeira Ellen Church foi quem deu início a toda uma linhagem de distintas profissionais da aviação. Ela foi a primeira mulher a assumir o cargo de comissária de voo, em 1930, preenchendo os rigorosos requisitos da vaga: ser formada em enfermagem, solteira, ter menos de 25 anos, pesar menos de 52 kg, ter menos de 1,63 de altura, e ainda ser capaz de cuidar do carregamento de bagagens e abastecimento da aeronave – além, é claro, de servir os passageiros. O aeroporto municipal de sua cidade natal – Cresco, no estado americano do Iowa – recebeu o nome de Ellen Church em sua homenagem.


5. Neerja Bhanot

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Nem todas as mulheres a se destacar na aviação vieram do ocidente, ou viveram em épocas distantes. A indiana Neerja Bhanot tornou-se uma heroína ao salvar a vida de 360 pessoas a bordo do voo 73 da Pan Am, sequestrado em 5 de setembro de 1986. Como os sequestradores pretendiam pressionar o governo americano a liberar prisioneiros de sua facção, ordenaram às comissárias que lhes dessem os passaportes dos passageiros, a fim de identificar os americanos a bordo. Neerja escondeu os passaportes dos passageiros, evitando essa identificação. No momento de evacuação da aeronave, Neerja poderia ter sido a primeira a saltar. No entanto, escolheu ficar e assistir os passageiros na fuga. Morreu ao proteger três crianças que seriam executadas, dando a própria vida ao proteger-lhes como escudo humano. Por seu heroísmo, recebeu as mais altas honrarias da Índia e dos Estados Unidos.


Sempre que uma mulher se propõe a fazer algo, certamente podemos esperar um trabalho feito com dedicação e capricho. Mulheres são muito mais prudentes, tanto no trânsito quanto nos ares. E não é nenhum demérito reconhecermos que nós, homens, temos muito o que aprender com elas.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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