Aeronaves Canards: Voando ao contrário

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Muito boa tarde senhores aviadores, hoje falaremos sobre as aeronaves “canard” (ou “pato” em português), são aeronaves de asa fixa e com configuração na qual uma pequena superfície horizontal, também chamada de canard, ou foreplane, está posicionada na parte dianteira da fuselagem.

O termo “canard” surgiu na França, quando em 1906, Santos Dumont com o 14-bis realizando seu primeiro voo, levou o público francês a lembrar de um pato voando, pela aparência de sua aeronave.

Mais tarde em 1910, Henri Fabre construiu seu avião experimental, o Fabre Hydravion, ou como foi nomeado, “Le Canard”; foi o primeiro hidroavião da história a decolar a partir da água sob seu próprio poder de propulsão.

O auge dos “canards” sem dúvida foram entre os anos de 1914 à 1945, ainda mais na Segunda Guerra, quando houve a necessidade de produção de aeronaves que poderiam se destacar nos combates, os principais projetos da época foram aeronaves como os Ambrosini SS.4 , Curtiss-Wright XP-55 Ascender e Kyushu J7W1 Shinden , no entanto, nenhuma foi para a linha de produção em massa.

A partir da década de 50, houve o renascimento dos “canards”, mas dessa vez com jatos supersônicos, sendo produzidos em quase todos os países, como o americano North American XB-70 Valkyrie, o russo Sukhoi T-4, a sueca Saab 37 Viggen, a francesa Dassault Mirrage III, o africano Atlas Cheetah, o israelense IAI Kfir, entre outros, e sendo até hoje uma configuração popular nos aviões de combate.

Já na aviação geral, temos como exemplo as aeronaves projetadas por Burt Rutan, ou pela Piaggio Aero, e nesse mesmo ramo, o Brasil não pôde ficar de fora, apostando neste mercado, a FABE – Fábrica Brasileira de Aeronaves criou o Bumerangue EX-27 Cross Country, uma das poucas aeronaves no mundo a ser montada com performance de 175 knots com motor de 220 HP turbo, o que proporciona uma economia muito grande em comparação com as outras aeronaves da mesma categoria. O quesito segurança também foi bem pensado nesta aeronave, que possui paraquedas balístico, fazendo com que seu voo seja muito mais seguro em situações de emergência ou em baixas velocidades, mesmo tendo uma velocidade de estol de 62 kt.

Recebendo o prêmio de melhor projeto experimental na EAB 2006 com o EX-25, a FABE inova e apresenta o EX-27 na EAB 2013, confira:

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Saiba mais:

Andrews Claudino