Airbus procura mais participação no setor Executivo

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A fabricante européia de aviões Airbus planeja crescer no Brasil além do mercado da Aviação Comercial, e pretende avançar no setor da Aviação Executiva, tendo como público-alvo os bilionários brasileiros, como Eike Batista, capazes de gastar no mínimo US$ 70 milhões por uma aeronave executiva. Atualmente, existe apenas um avião executivo da fabricante europeia de aeronaves em uso no Brasil: o da presidente Dilma Rousseff. 

“O Brasil tem o maior mercado para aviação executiva na América Latina, com 36 bilionários, que são o tipo de cliente que procuramos para aviões deste tamanho”, afirmou em uma entrevista François Chazelle, vice-presidente comercial da unidade de aviões executivos da Airbus.

A empresa produz o ACJ318, que compete em tamanho, mas não em preço, com o Lineage 1000, o mais caro avião executivo da Embraer, e o ACJ319, usado atualmente pela presidenta Dilma Rousseff. A Airbus afirma que os aviões são similares aos concorrentes no exterior, mas mostram o maior espaço entre os aviões executivos existentes.

“Queremos mostrar o avião para os potenciais clientes”, declarou o executivo. O ACJ318, que responde por dois terços das vendas de aviões executivos da Airbus, será exibido na Labace 2012, em São Paulo, que começou hoje (15).

O executivo não divulgou o volume de vendas específico previsto para a feira e para o futuro. “Vemos um crescimento geral neste segmento de aviação (executiva), e no caso da Airbus nós estamos no topo do mercado”

Para comprar o Embraer Lineage 1000, derivado do jato comercial EMB-190, até US$ 53 milhões serão gastos pelo comprador, enquanto que os aviões executivos da Airbus não saem por menos de US$ 68 milhões, já incluída a montagem e decoração do interior da aeronave.

A Airbus já vendeu 170 aviões executivos, sendo 64 aviões nos últimos cinco anos, contra 40 da Boeing. Chazelle considera a companhia norte-americana a única concorrente nesse segmento específico.

De acordo com a companhia, os aviões executivos da Airbus são os únicos a operar em todos os continentes, inclusive na Antártica. Os aviões são produzidos na China, França e Alemanha.

Por Antonio Ribeiro

Renato Cobel
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