Albatros D.V: Mesmo obsoleto, continuou até o fim da guerra

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O Albatros D.V foi um biplano utilizado pela Luftstreitkräfte durante a Primeira Guerra, e foi o desenvolvimento final da família Albatros DI. Foi também o último Albatros a operar em combate. Ele fez seu primeiro voo em Abril de 1917, como uma versão melhorada do Albatros D.III.

Ele foi equipado com um motor Mercedes D.IIIa de 170 cv, o que era muito útil para sua fuselagem, que pesava 32 kg menos do que o D.III. Esses aviões entraram em serviço já em 1917, e imediatamente começaram a apresentar falhas estruturais na parte das asas inferiores, que não continham carenagem.

Seu desempenho em comparação com as aeronaves anteriores da mesma categoria também não sofreu melhorias consideráveis. Muito pelo contrário, ele só apresentou mais problemas para os pilotos das primeiras unidades colocadas em serviço, fazendo todos preferirem as versões anteriores.

As opiniões e descrições que apareceram sobre o D.V eram sempre as mesmas: “avião muito obsoleto e ridiculamente inferior aos ingleses, não se pode fazer nada com essa aeronave”. Até mesmo os britânicos comprovaram isso com um D.V capturado. Era uma aeronave lenta para manobrar, com controles pesados e cansativo de se voar.

A Albatros respondeu a essas críticas com o D.Va, que contou com uma estrutura mais reforçada, asas mais fortes e reforços mais pesados. Essas modificações fizeram com que eles ficassem 23 kg mais pesados que os modelos D.III. Para compensar isso, esse modelo foi equipado com um motor Mercedes D.IIIaü de 180 cv.

Essa aeronave se mostrou temporariamente útil. A intenção da Idflieg (Inspektion der Fliegertruppen) era encomendar 262 D.Va inicialmente, e posteriormente mais 550, até a Fokker entregar os Dr.I e a Pfalz D.III cumprir com suas entregas. Porém, não muito diferente do D.V, as duas aeronaves que a Luftstreitkräfte esperava apresentaram um desempenho terrível, deixando-os sem alternativa a não ser de ficar com o D.Va, até que a Fokker apresentasse o D.VII. Mesmo com o substituto a espera, o D.Va permaneceu em uso até o Armistício.

Hoje em dia, os aviões D.Va estão vivos em museus. Um deles, da série D.7161/17, foi capturado em 1918, e em 1919 foi colocado no De Young Memorial Museum, em San Francisco, Califórnia. Essa aeronave foi adquirida pelo National Air and Space Museum em 1949, restaurada em 1977, e permanece exposta no Air and Space Museum, em Washington DC.

O modelo da série D.5390/17 foi abatido durante um combate contra o Royal Aircraft Factory R.E.8, em 1917. A aeronave pousou intacta próximo ao 21º Batalhão de Infantaria da Segunda Divisão Australiana, e foi recuperada. Em 1918, ela foi cedida como troféu de guerra para ficar exposta no Memorial de Guerra Australiano.

Em 2001, essa aeronave foi retirada do museu para passar por uma extensa restauração no Centro de Tecnologia Treloar. Em 2008, ela voltou a ser exibida ao público no Memorial de Guerra Australiano, em Canberra.

Andrews Claudino