ANAC aprova interinamente fusão entre Azul e Trip

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Nessa terça-feira (20), a ANAC concedeu uma autorização prévia para a fusão entre as companhias Azul e Trip. O decreto que autoriza a transição foi publicado no DOU dessa quarta-feira (21).

“A diretoria da ANAC decide conceder autorização prévia para a transferência das ações representativas da totalidade do capital social da Trip Linhas Aéreas para a Azul, nos exatos moldes da operação descrita no processo supra referenciado”, afirmou a autarquia na publicação.

A associação entre as duas companhias foi anunciada em 28 de Maio passado, e ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômico (CADE).

Após a aprovação, as empresas passarão a operar sob a holding Azul Trip S/A, resultando em uma companhia aérea com 840 voos diários, 116 aviões e 9 mil funcionários. A nova Azul será responsável por 29 por cento das decolagens realizadas no Brasil.

Enquanto isso, o SNA já está em alerta quanto a possíveis demissões. Selma Balbino, presidenta do órgão, disse que  a entidade poderá inclusive ingressar na Justiça do Trabalho, caso verifique um número grande de desligamentos de funcionários.

“Nós só precisamos ver o quadro concretizado para termos elementos na Justiça”, afirmou Selma. Já foram realizadas duas reuniões com os empresários com objetivo de garantir o maior aproveitamento possível dos funcionários, de acordo com o que a presidenta declarou.

Balbino criticou a unificação das companhias: “Fusão não é boa nem para o público usuário nem para o trabalhador. Só é boa para eles [os empresários]. As experiências têm nos mostrado isso”, disse Selma, que citou a recente fusão entre a Gol e Webjet como exemplo de que ocorrem demissões ao longo do processo:“É puro oportunismo”.

Uma nota foi divulgada pela Azul, afirmando que haverão demissões, mas que também poderão haver novas contratações:

A Azul divulgou nota negando que haverão demissões e informou que poderá haver novas contratações: “A fusão entre a Azul Linhas Aéreas e a Trip Linhas Aéreas resultará na terceira grande potência do setor aéreo brasileiro, com cerca 15% de participação de mercado, operações para 100 destinos, uma frota de 115 aeronaves e mais de 9 mil funcionários”.

“O objetivo da união é ampliar os serviços e não reduzir e o mesmo deve ocorrer com o quadro de funcionários da empresa. As companhias ainda aguardam aprovação dos órgãos reguladores para concretizar o negócio”, completou a nota.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: Spotting Viracopos

Renato Cobel
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