Após fracasso em tentativa de fusão, BAE quer se reinventar

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Com o fracasso da fusão entre a britânica BAE Systems e a EADS, que resultaria em 45 bilhões de dólares, a britânica precisa desesperadamente encontrar um crescimento em outras áreas e novos recursos financeiros para sustentar grandes dividendos e evitar a possibilidade de um rompimento.

Ian King, presidente-executivo da empresa, é o alvo da vez. Ian está sofrendo pressão por parte dos acionistas para incentivar a busca de novas áreas para os negócios da empresa. O alvo agora é um acordo lucrativo na Arábia Saudita, visto como crucial para melhorar o balanço da empresa.

Atualmente, a empresa é a maior fabricante de armamentos da Europa, e possui uma dívida líquida que está se acumulando. Além disso, há sinais agourentos do massivo mercado de defesa norte-americano, que sempre foi uma fonte de grandes receitas, mas que agora está em recessão.

Vários anos atrás, a britânica recusou uma possibilidade de fusão com a EADS, e ainda vendeu a participação que tinha na atual controladora da Airbus. Mas o fato de que a BAE considerou a possibilidade de uma fusão com a controladora da Airbus, a EADS, mostra quão ampla tornou-se sua busca por uma nova estratégia. “O gênio saiu da lâmpada agora, e eles não conseguem forçá-lo de volta”, afirmou um dos 30 maiores acionistas da BAE.

Perspectivas fracas para uma “grande vitória” que compense desaceleração nas demandas europeia e norte-americana preocupam tanto a companhia quanto investidores, e analistas concordam que atualizar um contrato por jatos de ataque Typhoon junto à Arábia Saudita precisa ser a maior prioridade da BAE.

A analista Sash Tusa, do Echelon Research and Advisory, afirmou: “A BAE realmente precisa do dinheiro que conseguirá ao renegociar os preços do Typhoon com a Arábia Saudita. Sem isso, a alavancagem continuará alta até 2015 (e) vemos uma menor possibilidade de recompra de ações”.

A possível transação é avaliada em mais de 7 bilhões de libras, mas analistas do mercado estimam até 600 milhões de libras no caixa da empresa até o fim desse ano.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: Aviation News 

Renato Cobel
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