Nessa quinta-feira (30/08), a holding Azul Trip S.A. anunciou que, após a conclusão da fusão entre as companhias Azul e Trip, a marca ‘Trip’ deverá ser extinta pela nova empresa formada, porém, um novo logotipo fará uma referência visual à marca extinta.
“O índice de rejeição em relação à marca Azul era mínimo. A lembrança da marca tinha uma penetração mais relevante que a Trip”, explica José Mario Caprioli, presidente da Trip Linhas Aéreas. Segundo ele, foram feitos estudos nos mercados de maior relevância para descobrir o grau de aceitação de cada marca.
“Quando se tem um processo de fusão entre empresas e elas atuam nas mesmas regiões geográficas é normal manter uma marca única”, afirmou André Castellini, sócio da empresa Bain & Company e analista de aviação.
Na nova empresa, a Azul detém 66,6% de participação, enquanto os investidores da Trip ficaram com 33,3%. As companhias, juntas, somam aproximadamente 15% do mercado; continuarão operando normalmente, até que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprove a fusão entre as companhias.
Enquanto isso, apenas os aviões e o logotipo ganham a nova identidade inicialmente. Os uniformes e outras identificações visuais serão alterados apenas após o aval das entidades. Cinquenta e seis das cinquenta e oito aeronaves da Trip serão pintadas em cerca de 20 meses e apenas um Embraer e um ATR da Trip continuarão com as pinturas atuais. Já o logotipo ‘Azul’ terá um ‘U’ com azul mais claro para lembrar o logotipo da Trip, que tinha o “I” pintado de um azul mais claro.
Em relação a voos internacionais, Caprioli afirma: “Ainda temos muito a crescer em malha doméstica. No dia 10 de setembro vamos atingir 100 aeroportos, uma atuação no Brasil sem precendentes. Ainda precisamos melhorar o serviço em algumas cidades”. Nessa melhoria, ele cita o aumento de voos em algumas cidades.
A previsão é que a ANAC autorize o codeshare entre as empresas até 30 de Outubro, quando serão somados até 840 voos. Hoje, 430 voos são feitos pela Trip. Porém, o codeshare da Trip com a Tam permanece, pois, além de atuar em aeroportos diferentes, segundo Caprioli, a parceria continua sendo lucrativa para a companhia aérea.
Por Antonio Ribeiro