CMA – Síndrome do PR curto pode reprovar para Piloto Militar?

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Seguindo com nossa série sobre dúvidas quanto ao CMA – Certificado Médico Aeronáutico, vamos responder à pergunta de hoje:

Dúvida

Oscar Lima Alfa,

Meu nome é Diego, tenho 15 anos, e fiz eletrocardiograma e acusou  Síndrome PR curto. Gostaria ser piloto militar. Poderei ser reprovado?

Nossa resposta

O intervalo PR será um achado no exame de eletrocardiograma, devido ao início do estímulo cardíaco ocorrer no nó sinusal (base de inserção da veia cava superior no átrio direito), até o início do estímulo ventricular (QRS), passando pelo nó atrioventricular (modula estímulo cardíaco). Haverá um empastamento do início do complexo QRS, que resultante na onda delta, ocorrerá devido à passagem do estímulo, que será originário do nó sinusal através de feixe anômalo de condução intra-atrial. Geralmente, a maioria das pessoas com estes feixes anômalos não apresenta taquicardia. Esta patologia será denominada de Síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Conforme a ICA 160-6, nas inspeções de saúde iniciais e periódicas para pilotos militares, os portadores da Síndrome do PR-Curto serão considerados “APTO” desde que preencham os seguintes critérios:

–  ECG de repouso sem evidência de onda “Delta”

– Teste ergométrico normal

– Holter de 24 horas sem evidência de arritmias significativas

– Ecocardiograma uni e bidimensional com Doppler sem alterações estruturais cardíacas

–  Estudo eletrofisiológico, sem evidência de via anômala e sem indução de arritmias ventriculares graves.

Caso não apresente estes critérios exigidos, será considerado incapaz para o fim a que se destina.

Atenciosamente,

Dra. Tatiana Trigo

Médica Aeroespacial

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