Dilma estaria interessada em novo avião presidencial

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Realmente os boatos se confirmaram. A presidenta Dilma Rousseff possui algumas conversas com a Boeing, interessada em vender um novo avião presidencial para o Brasil, mais precisamente um Boeing 747-8 Intercontinental. A venda da aeronave poderá significar a entrada da fabricante americana no maior mercado da América Latina.

Dilma almeja um avião maior que o atual Airbus A319 ACJ, comprado durante o governo Lula, por US$ 56,7 milhões. O Airbus substituiu o KC-137 da Fab, nada menos que um antigo Boeing 707 adaptado para o transporte Vip e Revo (Reabastecimento em voo). O “Sucatão”, batizado assim pela imprensa ‘especializada’, representa um pesadelo para a Aeronáutica, já que peças de reposição do modelo são difíceis de achar, tanto que não é utilizado pela Fab na função de transporte Vip.

A presidenta procura um avião presidencial mais consistente com o crescente poderio político e econômico do Brasil, e avalia atualmente a compra do Boeing 747-8 Intercontinental, uma versão atualizada do Air Force One, usado pelo presidente Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.

Além de pequeno o “Aero Dilma” não é capaz de realizar longos trechos intercontinentais, como uma viagem São Paulo – Paris. O ex-presidente Lula também já havia manifestado o interesse em um avião maior, como um Airbus A330-200 em configuração Vip, destinado a substituir o ACJ, comprado durante sua gestão, pelos mesmos motivos. Além disso, o avião anda apresentando alguns problemas técnicos, como despressurizações, além de problemas na manutenção.

Em março desse ano, durante uma viagem à Índia, Dilma precisou fazer duas escalas para reabastecimento. “Presidentes brasileiros irão viajar à Índia e à China uma vez por ano todos os anos a partir de agora, e não devemos ter que fazer paradas como esta”, declarou Dilma, justificando. Além disso, parece que o Boeing é a única opção analisada.

Se a compra for realizada, será uma vitória simbólica nos esforços da Boeing de ganhar mercado na maior economia da América Latina e a sexta do mundo. A questão ganhou urgência já que os tradicionais mercados da companhia nos Estados Unidos e na Europa apresentam baixas previsões de crescimento.

Na tentativa de vender os caças Boeing F/A 18 Super Hornet, que concorrem no FX-2, além dessa provável nova aeronave presidencial, a fabricante anunciou que fornecerá novos sistemas para o avião de ataque brasileiro A-29 Super Tucano. A Embraer, fabricante dos aviões, tenta se expandir em suas operações na área da Defesa. Além disso, a Boeing será uma das parceiras do desenvolvimento do avião de transporte leve KC-390.

Por Antonio Ribeiro

Renato Cobel
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