Discovery estréia série sobre o Grupamento Águia de São Paulo

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Às 22h20 do dia 10 de Outubro, o canal por assinatura Discovery estréia no Brasil a série “Águias da Cidade”, uma superprodução que conta a rotina diária de pilotos, médicos e enfermeiros do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A série é fruto de dois anos e meio de negociações, além de muito trabalho da Mixer, que produz a série.

Tudo começou quando o diretor geral da série, Rodrigo Astiz, filmava em 2010 o documentário “Águas Mortais”, que abordava os eventos climáticos na América Latina. Em uma das gravações, Rodrigo conheceu um médico do Grupamento, que seria entrevistado para o documentário. No momento em que o diretor estava pronto para gravar, soou o alarme para uma saída de um helicóptero Águia e o médico precisou abandonar o local.

Rodrigo descobriu então que estas saídas aconteciam com frequência, em média quatro por dia, e viu nisso um bom material para uma série. O canal Discovery gostou da ideia e abraçou a produção.

Para que a produção fosse viabilizada seria preciso ter o aval da Polícia Militar para conseguir acesso irrestrito e sem qualquer tipo de ingerência ao ambiente do Grupamento. A equipe da Mixer desenvolveu um projeto com o mínimo possível de interferência no trabalho dos profissionais.

A ideia era acompanhar toda a ação que se passa no helicóptero e nas cabines centrais de atendimento, desde a chegada da chamada, passando por todo o deslocamento da equipe, manobras arriscadas, chegando até o socorro prestado para estabilizar a pessoa acidentada e levá-las aos hospitais de referência.

O foco do novo seriado é no profissional, na atuação em equipe fundamental nestas situações de risco e preocupação em mostrar a dimensão humana por trás do trabalho, portanto, não houve resistência dos responsáveis pelo Grupamento em autorizar e colaborar com a produção.

Rodrigo afirma que a produção teve início um mês antes das gravações. “Foi o tempo de nos ambientarmos com o trabalho, conhecer as pessoas, as histórias pessoais, os tipos de trabalho e estudar como posicionar as câmeras e microcâmeras”. A produção optou por não usar um cinegrafista nos helicópteros, sendo que a solução foi instalar aparelhos na aeronave.

Contando todas as câmeras instaladas nos helicópteros, como as do cockpit, capacetes dos pilotos, no peito de um dos médicos e nas laterais da fuselagem, são oito no total. Todas elas eram acionadas na partida do helicóptero desligadas quando elas voltavam. “Isso proporciou uma linguagem muito interessante, que é a de voar junto com eles. É uma das maiores qualidades da série”, destaca Astiz.

Carla Ponte, supervisora de produção e desenvolvimento da Discovery Networks, afirmou que esta foi uma decisão bastante acertada. “Tivemos a facilidade de captar o momento de espontaneidade. A ausência de um câmera para a equipe acabou tornando algo muito positivo, que gerou beleza para a série”, explica.

De acordo com o diretor da série, Sérgio Zeigler, a edição foi a parte mais complicada. As cenas do seriado foram gravadas entre os meses de Outubro de 2011 e Março de 2012, oferecendo ao diretor mais de mil horas de gravação.

Também foram captadas cenas de alguns desses profissionais e cenas externas dos ‘Águias’ em ação. Para estes momentos, a Mixer contou em algumas chamadas com a participação do comandante Hamilton, famoso por suas atuações nos telejornais.

No total, são oito episódios, e a série foi financiada com recursos incentivados. Cada um deles aborda um aspecto do tema, como o treinamento de pilotos novatos, resgates aeromédicos, atuação dos águias no período de chuvas e planejamentos e imprevistos. Pela universalidade do tema, existe a possibilidade de o conteúdo ser exibido em outros territórios.

Por Antonio Ribeiro
Vídeo: Piloto Policial 
Renato Cobel
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