Na semana passada, falamos sobre alguns procedimentos e funcionamentos de um porta-aviões, mas como cheguei a detalhar algumas funcionalidades durante o texto, deixei de falar sobre muitas coisas. Nesta semana, tentarei “dissecar” um porta-aviões, para maior entendimento da complexidade destas embarcações de extrema importância tática.
Com aproximadamente 1 bilhão de peças individuais, acredito que será possível detalhar um pouco cada parte, desde o mastro até a quilha do navio. Começando, iremos falar um pouco dos nomes que são dados nos navios, como por exemplo a “Popa”, onde se localiza a traseira do navio. Logo, a dianteira é a Proa. O lado direito do navio (de quem está olhando para a proa), se chama Boreste (podendo ser chamado de Estibordo também), e o lado esquerdo é chamado de Bombordo. Por fim, o Tombadilho, que é uma superestrutura localizada na extremidade da popa. É aquela “curva” onde se localizam as hélices.
Detalhando um pouco de cima para baixo, em um porta-aviões, ou navio-aeródromo da classe Nimitz, temos a “ilha”. No topo da ilha, temos um conjunto de antenas de comunicação de radar, que mantém o acompanhamento de navios e aeronaves à sua volta, intercepta e bloqueia sinais de radar inimigos, enquadra mísseis e aeronaves inimigas, e recebe sinais telefônicos de satélite e de TV, dentre outros.
Logo abaixo, está localizada a Torre de Controle Primário de Voo, que é semelhante às torres de controle dos aeroportos, para monitoramento das operações aéreas.
Em seguida, encontra-se a Ponte de Comando, podendo ser chamada somente de Ponte, ou então de Passadiço. Esta é a área onde se encontra uma confortável cadeira de couro, rodeada de telas de computadores.
No Passadiço está localizado o Capitão do navio, que é quem dá ordens ao timoneiro (quem de fato navega o porta-aviões), ao operador de telégrafo de manobra (que informa à praça de máquinas as velocidades necessárias para o controle do navio), e ao contramestre de serviço (quem acompanha todas as informações sobre a navegação). Por fim, encontram-se lá também os vigias e pessoal de apoio. Logo abaixo, temos a Central da Bandeira, que é uma central de comando do almirante encarregado de todo o grupo aéreo embarcado.
Para finalizar o texto de hoje, abaixo desta Central, encontram-se vários centros operacionais, incluindo o controle de manobra do convés, e a sala de operações de lançamento – uma sala pequena, sem janelas, onde se encontra o Oficial de Manobras, encarregado da guarnição e acompanhamento de toda a movimentação das aeronaves no convés de voo e nos hangares.
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