A previsão da Embraer Defesa e Segurança em relação ao seu novo programa da área da Defesa, o cargueiro militar KC-390, é a de que suas vendas representarão 39% da área de Defesa, informou a fabricante durante a Farnborough 2012. A meta está acima dos 19% inicialmente planejados.
“Estamos numa fase muito importante agora, que é a fase de definição conjunta, e como o projeto é totalmente financiado pelo governo, estamos recebendo mais receitas e capital para cuidar disso, que é mais importante em volume do que foi a primeira fase do projeto no ano passado. O KC-390 faz uma grande diferença, é o principal motor de nosso crescimento a partir de 2011-2012”, declarou Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.
A empresa afirma ainda que o Programa KC-390 permanece na programação, e atualmente 800 pessoas trabalham no seu desenvolvimento. Até o primeiro trimestre de 2013, a fase de definição conjunta das características da aeronave deverá estar concluída. Um mercado de 700 aeronaves do modelo é planejado.
“Em março ou abril [de 2013], teremos os termos e condições finais para essa aeronave poder seguir ao mercado e vendê-lo de forma agressiva. Nós identificamos mais de 2.000 aviões antigos neste segmento”, diz Aguiar. “A maioria destes são [Lockheed] C-130 e precisam ser substituídos nos próximos 10 anos. Não há dúvida sobre isso”.
Países como China e Índia não estão sendo considerados, já que estão desenvolvendo seus próprios projetos de aviões semelhantes ao KC-390, figurando como possíveis concorrentes da aeronave brasileira.
“Decidimos excluir [a partir da previsão] os países que têm um fabricante no mesmo segmento”, disse Aguiar. “Nós não estamos considerando os EUA, Rússia ou Índia, ou os países com problemas de controle de exportação. Nosso avião vai estar no mercado em 2016. Acho que vai ser o primeiro [antes do MTA chinês/russo], que será um benefício”.
O KC-390 deverá realizar seu primeiro voo em 2014. Até agora, as cartas de intenção de compra da aeronave abrangem um total de 60 aeronaves, de acordo com a seguinte lista: Brasil (28), Colômbia (12), Argentina (6), Chile (6), Portugal (6) e na República Checa (2).
A França manifestou interesse em adquirir 10 aeronaves: “A França é um dos países incluídos na nossa previsão. Nós não vemos qualquer obstáculo para tentar vender à eles”
Por Antonio Ribeiro
