Como todos sabem, a FAB costuma doar os aviões antigos que saem da linha de voo, seja para “monumentos”, seja para outras organizações, como o FAB 2172, um antigo Embraer C-95 Bandeirante, que virou ‘sala de aula’ no Sesi de São José dos Campos. Podemos citar também os Dassault F-103 Mirage III, desativados em 2005: Vários Mirages viraram monumentos em cidades brasileiras, pois não apareceu nenhum comprador internacional.
Fazendo jus à essa ‘tradição’, o Aeroclube de Itápolis (SP) recebeu a doação de um treinador Embraer AT-26 Xavante, que operava em Fortaleza no 1°/4° GAv, o Esquadrão Pacau. Após vários anos de serviço, os exemplares restantes foram recolhidos e estocados no PAMA – RF (Parque de Material Aeronáutico do Recife), com exceção de cinco, que operarão até 2013 no Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), sediado em São José dos Campos, quando o avião será desativado.
Uma equipe do PAMA – RF esteve na cidade paulista, com o objetivo de montar a aeronave, que pesa 5.220 kg, e possui 10,84 metros de altura e envergadura, além de uma altura de 3,72m. Até 2010, nove exemplares estavam em operação, de um total de 166 aviões.
O Embraer Xavante foi fabricado pela Embraer de 1971 a 1981, com produção total de 182 exemplares. Dez exemplares foram exportados para o Paraguai e seis foram para o Togo. O avião permaneceu em operação por 39 anos na FAB, até o dia 02 de dezembro de 2010. Aproximadamente dez unidades aéreas brasileiras usaram o avião nesses 39 anos.
Por Antonio Ribeiro