Formação de Piloto de Planador – Voo 10

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  OLÁ!!

  Hoje é dia de formação de planadores aqui no Canal Piloto!

  Hoje iremos voar com um grande instrutor e volovelista, com condições meteorológicas extremamente favoráveis, teremos uma pequena explicação sobre voo à vela de competição e uma operação muito bem sucedida e com uma bela surpresa no final do dia.

  Após acordar, chegar ao aeroporto e assistir ao briefing fomos todos tirar os planadores do hangar. Como todos ajudaram rapidamente os planadores estavam prontos para iniciar o “táxi” à cabeceira da pista em uso.

  Aguardamos um pouco, pois era certeza que o vento ia virar da 18 para 36, mas como estava demorando muito, o primeiro planador foi levado à cabeceira 18 e como de praxe, no meio do caminho o vento virou e levamos os dois para a 36.

  Na lista eu era o terceiro a voar, porém se eu realmente voasse nessa hora, pegaria aquele instrutor com quem fiz a grande maioria de meus voos, então fiz um bem bolado com um colega de instrução e trocamos de lugar na lista. Eu seria o quarto a voar.

  Como planejado, quando o PPD estava 45º em relação à pista eu fui prepará-lo para o voo. O instrutor veio logo depois de mim e começamos a conversar sobre campeonato de voo à vela. Esse instrutor havia ganhado uma insígnia alguns dias antes e após algumas perguntas, ele me explicou como é planejado o voo nessas condições.

  Basicamente, deve se seguir um “trilho” de nuvens, pois em sua base é onde existem fortes térmicas, então é bom voar de base em base. Se você tem um destino pré-fixado, então analise qual o melhor trilho de nuvens e siga-o que chegará com sucesso no destino! Obvio que não é só isso que se faz para esse tipo de voo, as outras manhas se conseguem com a experiência de voo.

  Voltando à nossa instrução, a aeronave foi checada e estávamos no aguardo da aeronave rebocadora. O instrutor me perguntou quais foram meus erros na última aula e no que eu senti dificuldade. Passei tudo pra ele e ele me disse que iria ficar atento a eles para ver se iriam se repetir.

  Assim que esta alinhou na cabeceira 36, a corda foi conectada. Demos o ok e a rolagem se iniciou. Decolados da 36, o erro de dar pedal a mais na decolagem não ocorreu e ganhei pontos ai! O reboque foi tranquilo, sem turbulência, mas passamos por muitas térmicas. Consegui ter maior controle do nariz da aeronave durante o reboque pois usei mais pedal e menos manche!

  Soltamos do rebocador aos 600m e logo achamos uma térmica para manter essa altitude, que era a máxima autorizada pelo controle. Iniciamos o treinamento de glissadas e fomos alternando os lados e referências.

  Fizemos cerca de 10 a 12 glissadas contando com ganho e perda de altitude, pois assim que perdemos 100m mais ou menos, nós fomos atrás de uma térmica e centramos ela para subir aos 600m.

  As glissadas foram boas e fui elogiado nesse quesito. Depois disso, a atividade térmica no momento estava fraca e não conseguimos subir mais, portanto fomos em direção à torre com 450m para preparar a curva de espera.

  Nesse estágio eu deveria treinar fonia, mas como o transmissor de rádio da aeronave estava inoperante no momento e o instrutor estava com um CHT em mãos, ele iria cuidar da fonia nesse voo.

  Fiz a curva de espera e foi solicitado reporte ao ingressar na perna do vento da pista 36. E assim os procedimentos de aproximação prosseguiram.

  Chegamos à final na altitude ideal e foi possível fazer um belo pouso, onde o pedal excessivo antes do toque NÃO ocorreu. Mais pontos positivos!!!!

  Freamos a aeronave e retiramos ela do eixo da pista, aguardando a tobata para nos rebocar. Quando chegamos à cabeceira, o instrutor me chamou para preenchermos a caderneta. Fui elogiado quanto decolagem, reboque, pouso e centragem em térmicas. As glissadas também foram aprovadas e como era o “tema” da aula, fui aprovado nesta. Um único ressalto foi em relação ao voo coordenado, onde devo ter mais atenção para otimizar a performance da aeronave em voo.

  Agora que passei na quarta série, vou entrar no segundo estágio da instrução, onde começo a tomar decisões à bordo e treinamento de anormalidades em voo. Estou ansioso!

  Depois de mim, outras pessoas aproveitaram o bom tempo para fazer ótimos vôos!

  Fizemos o de-briefing, não houve incidentes. O instrutor que voou comigo deu uma pequena aula sobre as insígnias da Federação Brasileira de Voo a Vela (FBVV), comentando os requisitos para ganhá-las e como foi sua jornada para conseguir.

  Depois disso ele convidou todos para ir a uma churrascaria e comemorar seu grande feito! (essa é a surpresa! hehehe).

  Consegui fazer um voo de 33min com esse grande instrutor e volovelista que me trouxe novas informações sobre o voo à vela!

  Peço que acessem meu blog nos próximos dias, pois dentro de 15 dias ele vai ser repaginado com novo layout e matérias!

  Desejo a todos uma ótima semana e agradeço pela atenção,

  Carlos Eduardo Damasceno

Renato Cobel
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