Governo português rejeita proposta do grupo Synergy

Após apresentar uma proposta de compra da TAP, o governo de Portugal decidiu não vender a empresa ao grupo Synergy Aerospace. O motivo seria a falha na entrega das garantias bancárias necessárias caso a transação tivesse algum problema.

Uma proposta de R$ 4 bilhões foi apresentada pelo grupo para a compra da companhia lusitana. Com o sucesso da negociação, a Avianca passaria a liderar o mercado de voos do Brasil para a Europa.

Segundo informações da imprensa portuguesa, o Synergy não teria apresentado uma garantia bancária de € 25 milhões dos € 35 milhões que ficariam para o Governo, já que a TAP é uma estatal.

A TAP tem rotas estratégicas no Atlântico Sul, para Brasil e África, bem como presença relevante na Europa com operação concentrada no aeroporto de Lisboa. Porém, a companhia tem dívida superior a € 1 bilhão.

A privatização de 100% incluía uma fatia de 5% do capital da TAP para os funcionários, mas não nos moldes da antiga Fundação Rubem Berta. O governo português vinha afirmando que pretendia fechar a venda da TAP ainda em 2012.

O país europeu tem obtido sucesso nos processos de privatização e estima levantar mais do que os € 5,5 bilhões em 2012 e 2013 previstos nos termos do resgate ao país por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI).

A venda das últimas participações de Lisboa nas empresas de energia EDP e REN, concluídas com sucesso e elevados prêmios, permitiram ao governo português levantar 60% do valor.

O governo pretende vender participações na ANA Aeroportos, CTT-Correios de Portugal, Águas de Portugal e em um canal da televisão pública RTP, além da última parcela da Galp Energia.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: Reprodução

Alexandre Sales
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