Para evitar riscos de colisões entre aves e aeronaves, o aterro sanitário da cidade de Várzea Grande (MT), região metropolitana de Cuiabá (MT), deverá ser desativado, e transferido para um novo local.
Além do aterro estar localizado dentro do limite considerado de segurança aeroportuária, o lixão atualmente é o maior local de concentração de pássaros próximo ao Aeroporto.
No último dia 17, foi publicada no DOU a Lei 12.725, que estabelece regras para reduzir o risco de acidentes entre aves e aeronaves. A lei proíbe atividades que atraiam os animais para as proximidades de áreas destinadas a pouso e à decolagem, em uma faixa de 20 quilômetros da pista, distância do Aeroporto Internacional Marechal Rondon.
A Prefeitura de Várzea Grande afirmou que já foram identificados três possíveis locais que poderiam receber o lixão. No entanto, ainda conforme a Prefeitura, um estudo deverá ser feito para avaliar o impacto ambiental para verificar qual deles é o melhor.
Diariamente, centenas de garças e urubus sobrevoam o lixão do município. Vários deles já foram capturados pelos fiscais e levados para uma área de mata nativa, a 200 km do aeroporto, com a autorização do IBAMA. Na área do aeroporto, a INFRAERO realizado um monitoramento dos pássaros.
De acordo com a prefeitura, o lixo no aterro passa por um processo de compostagem, e depois é enterrado para evitar os pássaros. Porém, há alguns locais em que o lixo fica a céu aberto, o que faz com que as aves se multipliquem. Diariamente 120 aviões pousam e decolam no Aeroporto Marechal Rondon, transportando aproximadamente 230 mil passageiros por mês.
O fechamento do aterro preocupa também os catadores de lixo que vivem no local. Noventa pessoas trabalham no lixão atualmente, e temem perder a única fonte de renda que possuem.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Gustavo Kaufmann/Airliners.net