Com uma iniciativa iniciada há menos de quatro anos, Curaçao pode estar dando um grande passo em direção à inovação em energia renovável. Localizado em uma ilha no sul do Caribe, o aeroporto possui a capacidade de utilizar a água do mar para gerar e economizar energia.
Uma empresa holandesa chamada Bluerise BV, juntamente com a empresa operadora do aeroporto de Curaçao (Curaçao Airport Holding NV), estão explorando a construção de uma usina de energia de 100 quilowatts, que utilizará a temperatura da água do mar como fonte de energia.
Nos trópicos, o sol aquece a superfície do oceano, fazendo com que fique quente durante todo o ano. Mas a uma profundidade de 1 km, a luz solar não pode alcançar e aquecer águas mais frias, provenientes do Ártico.
O projeto OTEC – Ocean Thermal Energy Conversion, ou Conversão de Energia Térmica Oceânica – consiste da implantação de um gasoduto no oceano para bombear a água fria, assim tirando proveito da temperatura com a água de superfície quente.
A desvantagem do processo é que a diferença de temperaturas não é muito grande, de modo que a eficiência do processo é baixa quando comparada com as plantas de energia convencionais. O lado bom é que a fonte de energia é tão abundante como o próprio oceano.
Um dos problemas para este projeto, no entanto, são os altos custos, que variam de 4,2 a 12,3 milhões de dólares por megawatt instalado, potencialmente mais caro que energia eólica e solar.
Até recentemente, os custos de desenvolvimento da OTEC eram tão altos, que um projeto comercial era impensável. Mas a operadora do aeroporto de Curaçao pode ter encontrado uma maneira de contornar esta dificuldade. A solução é bombear uma fração da água fria para alimentar o sistema de ar condicionado do aeroporto, tornando-o um “centro de excelência de energia renovável que se adapte à nossa visão”, conforme disse Simon Kloppenburg, gerente de desenvolvimento para o aeroporto, que espera torná-lo uma porta de entrada mais importante para a América Latina.
A equipe do aeroporto havia examinado outras formas de energias renováveis, mas o OTEC parecia um ajuste apropriado, disse Kloppenburg.
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