Alguns fatos acabam sendo inacreditáveis, outros, inexplicáveis, mas este… Dispensa comentários! Este incidente ocorreu em perto de Tzin Nahal, no deserto de Negev.
No verão de 1983, um F-15 israelense fazia um treinamento de combate simulado com alguns Skyhawks. O treinamento prosseguia normalmente, até ser encerrado com uma forte colisão entre um Skyhawk e um F-15.
O Skyhawk acertou diretamente na raiz da asa do F-15, mas como relata o piloto Zivi Nedivi: “No primeiro momento da colisão, eu não havia percebido que era tão grave. Só senti algo forçando minha asa direita para baixo. Logo imaginei que fosse a força do motor da outra aeronave. Mas antes que eu pudesse reagir, eu vi uma grande bola de fogo criada pela explosão do Skyhawk.”
No rádio, Nedivi ouviu que havia algo muito errado, quando outro piloto comentou que o que estava no Skyhawk havia ejetado antes da explosão.
Percebendo o grande fluxo de combustível saindo de sua asa, logo ele entendeu que havia sido seriamente danificado. Notando que sua aeronave já estava se descontrolando completamente, Nedivi percebeu que teria que ejetar. Mas logo em seguida, Nedivi conseguiu retomar o controle e pensou com ele mesmo: “Ei, espere, não se ejete ainda!”.
Ele não viu nenhuma luz de emergência acesa no computador de navegação, como deveria ter acontecido pelo problema que estava ali aparente. Nedivi tinha em mente que, para ter que ejetar, deveria haver alguma luz no painel indicando que ele havia perdido uma asa. Como não havia acendido nenhuma luz de emergência, ele manteve-se a bordo da aeronave, mesmo com seu instrutor pelo rádio mandando ele ejetar.
Ele percebeu que ainda havia combustível suficiente para chegar até o aeródromo para tentar o pouso. Nedivi sempre teve em mente: “Eu já trabalhei com esta máquina antes, não preciso me preocupar”.
Nedivi reduziu a velocidade, e devido a isso, a aeronave começou a girar sem controle novamente. Naquele momento, ele havia decidido ejetar pela segunda vez, mas alguns segundos antes, Nedivi empurrou a manete de potência, ganhando velocidade e retomando o controle novamente.
Logo em seguida, Nedivi baixou o trem de pouso juntamente com o tailhook (na esperança de ajudar na redução da velocidade), e alguns segundos depois, tocou na pista a 260 nós, cerca de duas vezes maior que a velocidade recomendada. Em seguida, solicitou para a torre erguer a rede de emergência no final da pista, para segurar a aeronave.
Devido à velocidade, o tailhook foi arrancado da fuselagem, mas mesmo assim, obteve eficiência na frenagem, parando a aeronave a 10 metros antes da rede. Após desembarcar da aeronave, Nedivi correu para apertar a mão de seu instrutor, que havia pedido para ele ejetar e ficou muito surpreso ao ver o estado da aeronave completamente sem a asa direita.
[youtube http://youtu.be/LveSc8Lp0ZE]
- Sky Commuter: Melhor em torrar dinheiro do que qualquer outra coisa - 10/02/2015
- Antonov no Brasil, mais provável do que imaginamos - 09/02/2015
- Combate a incêndios: A tecnologia atual - 04/02/2015