Os “pubs voadores” – Parte 1

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Muitos a tratam como uma bebida para alcoólatras sem limites. Outros, como bebida ocasional e comemorativa. A ciência, por exemplo, trata como uma bebida com ótimos benefícios ao corpo, quando consumida em doses moderadas. A verdade é que a cerveja é uma bebida com muitos, mas muitos anos de história. Ela esteve e estará presente em qualquer tipo de acontecimento histórico.

Em torno do ano 6000 a.C., a cerveja servia não só como uma bebida refrescante. Ela também fazia parte do dia-a-dia dos escravos egípcios, como uma bebida boa para os ossos, garantindo maior resistência corporal e, assim, mais trabalho. Pode-se dizer que foi tão importante, que contribuiu – mesmo que de uma forma indireta – para a conclusão das pirâmides do Egito.

Avançando muitos anos, durante a Segunda Guerra, uma das maiores preocupações das tropas britânicas durante o combate contra a resistência alemã não foi a bomba V-1, que ameaçava os soldados e até mesmo suas famílias, nem o constante fracasso em capturar o porto de Cherbourg. A maior preocupação deles, acreditem, era a falta de cerveja!

No dia 20 de junho de 1944, duas semanas depois do Dia D, um correspondente especial da Reuters, na França, escreveu para os jornais no Reino Unido que tudo o que estava disponível nas tabernas recém-liberadas, a algumas milhas para o interior das praias, era uma cidra local. Aquela notícia entristeceu todos que estavam ali. Era possível ver os britânicos encomendando uma garrafa de cidra de uma forma bem melancólica.

Graças a todos os soldados, no dia 12 de julho daquele mesmo ano, a Royal British Beer chegou oficialmente até as tropas que lutavam na Normandia, e mesmo assim, a quantidade foi suficiente para apenas um litro por pessoa – o que não era nada! Muito antes disso, algumas tropas se empenharam a usar pilotos da RAF e USAAF para transportar cerveja para o Norte da França.

Pelas tropas, essas aeronaves receberam o apelido de “pubs voadores”. Para se entender a grande importância para a guerra que tal bebida possui, os militares desenvolveram rolhas especiais para as garrafas que seriam entregues aos soldados, evitando que o produto fosse perdido. Ainda foi emitida uma nota, pedindo que evitassem perder as tampas das garrafas, já que isso impactaria o fornecimento rápido por parte dos fornecedores.

Andrews Claudino