Piloto militar que quebrou vidraças do STF não foi punido

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Vocês se lembram do rasante da FAB, feito sobre o STF durante a troca da Bandeira Nacional da Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 1 de Julho desse ano, que causou a quebra dos vidros do STF? Pois é, tanto foi dito sobre uma possível punição ao piloto responsável, mas felizmente (ou não) não foi punido e já voltou a voar.

O fato ocorreu após a passagem de dois Mirage F-2000 sobre a Praça dos Três Poderes, durante comemorações para a troca da bandeira, o tradicional ‘Banderão’. Segundo o STF, a manobra do avião da FAB quebrou 65 vidraças de grande porte e mais dezenas de vidros pequenos. Outros prédios próximos também tiveram vidros estilhaçados. A Fab se prontificou a pagar a troca das vidraças.

Um conselho operacional formado por militares foi criado para investigar o ocorrido. A apuração concluiu que o piloto agiu de forma imprudente, “deixando a velocidade aumentar para 1.100 km/h, o que gerou uma onda de choque que quebrou vidraças de órgãos públicos e residências”, informou a Aeronáutica nesta sexta-feira (24) através de uma nota. O piloto recebeu orientações do comando da unidade aérea, o 1° Grupo de Defesa Aérea, e retornou as atividades de voo de defesa aérea no dia 26 de julho.

O 1° GDA está localizado em Anápolis (GO), e não foi autorizado a dar entrevista, diz o Centro de Comunicação da FAB. O grupo tem mais de 10 anos na aviação de caça e é considerado como extremamente experiente. Oficialmente conhecido como ‘Esquadrão Jaguar’, tem a missão de defender o país e, principalmente, o Palácio do Planalto.

No dia seguinte a demonstração em que houve o incidente dos vidros, a Aeronáutica divulgou que o piloto havia sido afastado das funções e passaria por avaliação operacional, podendo receber alguma punição. Os militares afirmaram que o Mirage “excedeu o limite de velocidade adequada” para uma demonstração de troca de bandeira. O estrago ocorreria mesmo que a altitude do voo fosse maior.

A assessoria da Aeronáutica explicou na época que o recomendado é que a velocidade do caça não se aproxime da velocidade do som, que é de 340 m/s ao nível do mar (1.100 km/h equivalem a cerca de 305 m/s).

Um Mirage F-2000 pode atingir 2,2 vezes a velocidade do som. Muito melhor do que qualquer AB-115.

Por Antonio Ribeiro

Renato Cobel
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