Prático de Piloto Privado 07

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Bem amigos do Canal Piloto

Continuando para mais um voo, só que agora após uma reprovação, voltei ao Aeroclube de Bragança para fazer mais uma hora de voo, nessa época fiquei sem voar durante um período de tempo, pois o aeroclube estava com um NOTAM (Notificação aos Aeronavegantes). O Aeroclube ficaria fechado durante mais ou menos 20 dias para reformas na pista e na taxiway, voltando a abrir dia 23/12, logo na semana do natal, então meu segundo voo na manobra curva de pequena e média inclinação ficou para o inicio de janeiro.

Por estar no início do curso, ainda acostumando com uma nova rotina, ficar praticamente 30 dias sem voar perde-se muito “pé e mão”, mas estava pronto para mais esse voo.

Cheguei mais cedo para fazer uma hora de nacele, fazia os procedimentos que iria efetuar em voo, após um bom tempo dentro da aeronave fui tomar um suco e fiquei aguardando meu horário. Encontrei-me com o instrutor para fazermos o briefing.

No briefing, mesmo sem ter voado por um bom período, eu já estava familiarizado com a manobra que efetuaria. Conversamos novamente sobre o voo em curva.

Curva de pequena consiste em abaixar levemente a asa. Curva de média, usamos o montante da estrutura paralelo ao horizonte como referência, outro detalhe foi a velocidade de Stall da aeronave. 

  • Reto-Horizontal 39Mph

  • Curva de 20º – 42,5Mph

  • Curva de 40º – 52,5Mph

  • Curva de 60º – 66,5Mph

Significava que se eu efetuasse um curva de média com a velocidade inferior a 53Mph, teria a perda de sustentação.

Novamente tinha que prestar bastante atenção em tudo: referência, velocidade, altitude, turn and bank, pássaros, trafego, entre outros.

Terminamos o briefing e o instrutor pediu para eu realizar o checklist da aeronave, primeira vez que o realizava sozinho, mas me senti preparado para aquilo e fui fazer o checklist.

Peguei o checklist, observei que o instrutor não estava próximo e fui realizando todos os itens com atenção redobrada, pois não tinha o instrutor para me corrigir caso esquecesse algo ou fizesse de forma irregular, e assim foi feito item por item, quando terminei dei mais uma olhada no geral para garantir que não tinha esquecido nada.

O instrutor apareceu, deu uma olhada, passou a mão na aeronave, verificou os montantes, praticamente refez o checklist, checou novamente o óleo, a única coisa que me perguntou, foi se tinha feito o dreno de combustível e se estava tudo correto. Checklist ok, fomos ao DAESP fazer a notificação, tinham 3 aeronaves que iriam fazer treinamento na área 459, então optamos pela área 460 (Vale Eldorado), para efetuarmos o treinamento

Voltamos à aeronave, me amarrei e o instrutor diz: – Freado, Cabrado e Livre?

– Freado, cabrado e livre. Esse Paulistinha tinha o Master e o Starter, logo não precisava girar a hélice para ele funcionar.

O instrutor só colocou a hélice na posição e falou: – Atenção contato.

Liguei o Master e os magnetos, respondi: – Contato.

“Motor funcionou, reduz, checa pressão, não havendo indicação em 20s corta nos magnetos, havendo indicação eleva o motor a 1000rpm.”

Pressionei o Starter (muito mais simples e seguro do que girar a hélice), o motor funcionou normalmente, ele adentrou e fomos iniciar a taxi, o dia estava com muitos voos, logo era o 3º na fila para decolar e tinha mais aeronaves na espera, paramos 45º com a pista enquanto fazíamos o check de cabeceira. 

Após todo aquele trafego decolar chegou nossa vez, alinhamos e decolamos da cabeceira 16, era a primeira vez que eu iria fazer o circuito de trafego, antes só decolava e livrava o circuito, dessa vez eu tinha que decolar, ingressar na través, na perna do vento e livrar.

Decolei, fiz o check de 500’ (temperatura e pressão do óleo faixa verde, 2200rpm, 65mph, área livre), então ingressei na perna de través, fiz o cheque de área e ingressei na perna do vento, subimos para 3900’ e livramos o circuito em direção à área 460, até então totalmente desconhecida.

Chegamos na 460 e iniciamos as manobras, ele me pediu uma curva de 90º para a esquerda, eu olhei bem, tinha muito verde, muitas montanhas pequenas e muito parecidas, tive muita dificuldade de definir as referencias, mas assim foi feito, errei bastante nas manobras, perdia muito fácil as referencias e continuamos tentando.

No final do voo eu estava totalmente familiarizado, ele pedia as manobras e assim fazia com proficiência, comecei a definir melhor minhas referências, fazia curvas com exatidão, não varia altitude, mas como só fui acertar bem no final do voo, o instrutor ficou meio receoso em me aprovar, pois não sabia se eu estava realmente apto ou se acertei na sorte.

Pousamos a aeronave cortamos o motor e fomos para o Debriefing, preenchido todos os campos e marcados com um circulo as manobras que eu efetuei e todas tendo uma observação dele, nas manobras de curva de pequena e média, me deu nota 2 sendo assim reprovado, mas sabia que o motivo foi muito pelos meus erros no inicio da manobra e que só fui acertar no final, mas tudo foi muito bem esclarecido e estava consciente que no próximo voo seria aprovado, pois era só repetir o aprendido nesse voo que seria tranquilo.

Agradeci, paguei mais uma hora de voo e voltei pra casa.

Rafael Torquato.

Alexandre Sales
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