Prático de Piloto Privado 18

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Saudações Comandos

Tudo ocorreu bem na semana em questão, mas no dia anterior ao voo uma serie de problemas pessoais fez minha mente dispersar, mas fui dormir tranquilo sabendo que tinha voo no dia seguinte.

Acordei cedo, me dirigi ao aeroclube e chegando ao mesmo, fui pegar a câmera, mas reparei que estava sem bateria! Consegui encontrar um cabo para carregar, mas quando fui perceber, estava sem o cartão de memória! Traduzindo: não tem vídeo na coluna de hoje.

Cheguei no horário marcado, me apresentei e fui inspecionar a aeronave enquanto não havia instrutor. Avião inspecionado, o instrutor chegou, fomos ao briefing, conversamos sobre o voo anterior e como seria nosso voo do dia:

Decolaríamos da cabeceira 34 e faríamos o cheque de 500’:
* Temperatura: Faixa verde
* Pressão: Faixa verde
* 65 mph
* 2200 RPM
* Cheque de área
* Manteríamos o circuito fazendo curvas de pequena inclinação subindo até 1000’ AGL.

No último terço da pista, abrimos o ar quente, e no través da cabeceira iniciamos o voo planado (1000 RPM, 65 mph), compensamos a aeronave, rodamos base e final. Cruzando a cabeceira, quebramos o planeio e vamos trazendo a aeronave suavemente até estolar e tocar de 3 pontos.

Mantemos o controle no solo, completamos o motor, manche à frente, mantemos o eixo e arremetemos, começando novamente o procedimento. O passo a passo do briefing acabava ali, agora vamos para prática:

Vento alinhado com a cabeceira 34, 14:00h, dia ensolarado.

Notificamos e voltamos para voar, aeronave acionada, taxiamos até a cabeceira, dia com bastante tráfego, era o terceiro para decolagem. Alinhei a aeronave, neutralizei pedais, completei motor e comecei a correr na pista.

Devido ao torque do motor, a aeronave tem uma leve tendência de virar para a direita, então já damos uma leve calçada no pedal esquerdo, como todo ogro acostumado com pedal de bicicleta e carro, dei uma pisada além do necessário, obviamente o Paulistinha curvou rapidamente, para corrigir, dei bastante pedal contrario, nessa altura do campeonato, já percebe-se o prejuízo, estava quase indo para a grama, com 60mph rodei e o voo ficou mais fácil.

A atmosfera estava batendo, fiz todo o circuito de tráfego, ingressei na final e fiz o cheque:
* Ar Quente: Fechado
* Mistura: Rica
* Pista: Livre

Quando cruzei a cabeceira a aeronave afundou, o instrutor com agilidade pegou os comandos e efetuou o pouso. O que ocorreu foi o surgimento de um vento forte de través, o instrutor garantindo nossa segurança foi muito hábil e coerente na sua decisão de pegar os comandos.

Com aeronave em solo, ele me permitiu arremeter, completei motor, manche a frente e decolei.

Cheque após decolagem:
*Ar Quente: Fechado
*Compensador: Neutro

Novamente para um novo circuito, atmosfera batendo, massas de ar ascendente e muitos urubus no entorno do aeródromo, rodamos base e final. Quase na cabeceira, novamente o vento nos atrapalhou e não pude efetuar o treinamento de pouso. Cheguei a uma conclusão junto com o instrutor: Abortar o voo.

Dentre os motivos, a atmosfera não estava legal e eu não tinha prática o suficiente para pousar com vento de través, obviamente nenhum pouso seria bem sucedido e a reprovação na manobra seria certa.

Fizemos dois pousos, taxiamos até o pátio e cortamos o motor – Economizei um dinheiro, e já precisaria de um pouco menos para o próximo voo.

Fomos ao debriefing, conversamos que por causa do vento não era bom continuar o voo, e o horário é ruim para iniciantes na manobra de TGL , fui orientado a pegar um horário com atmosfera mais calma.

Agradeci o instrutor e: fica para outro dia.

Bons Voos
Torquato.

Alexandre Sales
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