Durante a Segunda Guerra, os engenheiros, estrategistas e comandantes mais inteligentes que existiram sempre foram os alemães. Muitos não querem ou têm medo de admitir isto.
Os alemães criaram alguns projetos inusitados de “discos voadores”, como por exemplo o Haunebu 1/RFZ-1. Muitos jornalistas ou documentários sensacionalistas exageraram ao falar de como eles conseguiam fazer voar um objeto em forma de disco.
Outro feito desta engenharia, que também incentivou muito a vontade do homem conquistar o espaço, foi a continuação do FZG-76 (V-1), sendo criado então o V-2.
O V-2 foi o primeiro míssil balístico. Diferentemente do V-1, ele tinha uma forma de um foguete, sendo nomeado de Aggregat-4 (A-4). Este projeto obteve sucesso em todos os lançamentos contra os inimigos – uma boa forma de corrigir o fracasso obtido com o V-1.
Diferentemente dos foguetes que vemos hoje, o V-2 era propelido por combustível a álcool (contendo uma mistura de 75% de álcool elítico e 25% de água), e oxigênio líquido. Estes dois propelentes eram injetados na câmara de combustível, em altíssima pressão, por uma turbina. Essa turbina era alimentada por dois combustíveis auxiliares, compostos com 80% de peróxido de hidrogênio e os outros 20% sendo uma mistura de 66% de permanganato de sódio com 33% de água.
Todo este aparato gerava ao motor uma ignição de 24.947 kgf e chegava a 72.574 kgf de empuxo. Sua velocidade máxima atingia os 1.341 m/s, e seu alcance máximo era de 362 km de distância.
O álcool elítico utilizado nestes foguetes era produzido a partir da batata, já que esta era abundante na Prússia Oriental. E como toda engenharia alemã era perfeita em todo tipo de funcionalidade, o próprio álcool combustível era utilizado como fonte de refrigeração do motor, quando atingia altas temperaturas. Esse álcool era injetado ao redor do bocal, formando uma película protetora.
A título de curiosidade, a primeira foto tirada no espaço foi feita através de um foguete V-2, no dia 24 de Outubro de 1946.
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