Quando a técnica e a superstição não combinam

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No mundo inteiro, existem milhares de culturas e cada uma segue algum tipo de superstição. Algumas conseguem atingir o extremo dos extremos. Algumas contam com sacrifícios para agradar deuses, ou para conseguir alguma coisa. Em alguns lugares, não nos surpreendemos quando isso acontece.

Mas imagine se nós fôssemos sacrificar animais para cada coisa que queremos, e pior ainda, para conseguir alguma coisa que somos capazes de conseguir sem nenhum ritual. Teríamos que matar muitos animais. Infelizmente, algumas culturas utilizam esse método na intenção de conseguir algo que desejam.

Esses tipos de rituais sempre atingem alguns extremos. Pense em algo que mexe com muitas vidas e não quer funcionar corretamente, e então um animal é sacrificado para que os deuses consertem e funcione sem problemas. Foi o que a companhia aérea estatal do Nepal fez!

Diante de problemas técnicos em um Boeing 757 da companhia, os mecânicos faziam exaustivas tentativas para consertar a aeronave, sem sucesso. Como não é incomum haver rituais naquelas regiões, eles recorreram ao deus dos céus Akash Bhairav, para que a aeronave realizasse um voo para Hong Kong sem problemas.

Normalmente, para os religiosos, uma oração antes de decolar faz parte da cultura. Porém no Nepal eles fizeram diferente: pegaram dois bodes, e sacrificaram na frente do avião. A ideia de sacrifício, de oferecer algo de valor como forma de chamar a atenção de um Deus, é comum em algumas regiões hinduístas.

Para entendermos o nível da situação, um professor da Universidade de Virgínia comentou: “Essa pode ser uma das coisas mais eficazes que eles fizeram”, satirizando a situação da empresa com relação à manutenção e resolução de problemas.

A Royal Nepal Airlines teve muitos problemas com seus dois 757’s mais antigos nos últimos anos. Isso causou um déficit enorme na companhia, ainda mais por ela não ser confiável. Acredito que eles deveriam fazer um ritual muito grande para salvar a companhia, e não só as duas aeronaves mais velhas.

(Dica do leitor Mathaus Zerede)

Andrews Claudino