Rússia invadindo espaço aéreo português? Mas nem na Guerra Fria!

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Há menos de uma semana, a Força Aérea Portuguesa foi chamada para missões de interceptação de aeronaves invasoras de seus espaços aéreos. Não era uma, mas sim pelo menos oito aeronaves russas. Tanto bombardeiros como aeronaves IL-20 de reconhecimento invadiram o espaço aéreo português.

O comando da OTAN solicitou intervenções com F-16 que estavam em prontidão na Base de Monte Real. Na última quinta-feira, os caças interceptaram dois aviões militares russos, em espaço aéreo sob jurisdição de Portugal. O governo português afirmou que os invasores não estavam a fazer uma rota nas condições necessárias em termos de tráfego aéreo internacional.

De acordo com a OTAN, oito aviões russos foram inicialmente detectados no Mar do Norte, tendo sido interceptados pela Força Aérea Norueguesa. Seis deles foram em direção à Rússia, mas dois se separaram da formação e seguiram para o Sul. Provavelmente, eles violaram outros espaços aéreos, além do português.

Segundo especialistas, o objetivo da Rússia é testar as forças da OTAN, invadindo o espaço aéreo e marítimo dos países bálticos, a fim de saber quanto tempo demoram para que os caças os interceptem. A violação de um espaço aéreo é um ato muito grave, e segundo antigos militares portugueses, nem na Guerra Fria isso aconteceu com Portugal.

Para chegar em Portugal, vindo da Rússia, certamente países como França, Espanha e Inglaterra teriam detectado essas aeronaves antes de Portugal. Pelo tamanho, provavelmente são bombardeiros, que já caracterizam uma certa capacidade ofensiva. De onde são provenientes, provavelmente foram reabastecidos em voo. Ou seja, há a possibilidade de outros aviões russos terem violado outro espaço aéreo.

A ordem para interceptar aeronaves invasoras é sempre do comando supremo da OTAN, e normalmente, os pilotos dão sinais gestuais internacionais, que dizem: abandone o meu espaço aéreo! Além do mais, isso representa um potencial risco para a aviação civil. Aviões russos fizeram isso ao longo da última semana sem apresentar qualquer plano de voo. Vamos ver até quando isso continuará se repetindo.

Andrews Claudino