O Draken nasceu com a Suécia necessitando de um caça que pudesse interceptar bombardeiros em alta altitude, e também participar de combates ar-ar com bom aproveitamento. Mesmo com os F-104 Starfighter sendo produzidos no mesmo período, o Draken teria que provar ser equivalente ou até superior.
Outras exigências para os requisitos do novo jato incluíam poder operar a partir de bases improvisadas, e ainda poder ser rearmado e reabastecido em no máximo dez minutos, por soldados e recrutas com um mínimo de treinamento. Resumindo, deveria ser uma aeronave de fácil manuseio para a equipe de terra.
No projeto do Draken, os projetistas resolveram utilizar um desenho um tanto quanto distinto: uma configuração double-delta, ou seja, portando uma asa em delta dentro de outro delta maior. A ala interna tem um ângulo de 80º para desempenho de alta velocidade, enquanto a ala externa possui 60ª, o que lhe confere um bom desempenho em baixas velocidades.
A motorização foi composta com um Svenska Flygmotor RM 6B/C, construído pela Volvo e fabricado em parceria com um projeto já existente, o Rolls-Royce Avon 200/300. Esse motor contava com uma unidade de partida de emergência embutida, e ainda tinha uma turbina de RAM embaixo do nariz, para gerar energia em caso de emergência.
Mesmo não sendo projetado especificamente para combate aéreo, ele provou ter uma boa capacidade de combate, entrando em serviço em 1960. Durante toda a Guerra Fria, ele contou com seis versões diferentes, das quais duas foram destinadas para a exportação. Os primeiros modelos foram destinados exclusivamente para a defesa aérea.
O Draken serviu a Suécia até os anos 90, quando foram aposentados e substituídos pelo JAS 39 Gripen.
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