Não é difícil imaginar como será o futuro do Transporte Aéreo, talvez cidades repletas de carros voadores equipados com assentos individuais e imensos heliportos suspensos. Vários cientistas podem nos proporcionar um futuro imaginário com novas tecnologias recentemente desenvolvidas, mas que por enquanto, são apenas estudos.
Porém, em termos práticos e futuras previsões, as novas aeronaves que poderemos ter no futuro devem ser semelhantes às que temos atualmente, ao menos na aparência. Novos materiais e combustíveis são os fatores que podem mudar o futuro da aviação. Veja a seguir seis aeronaves que possuem tudo para mudar o mundo, com suas idéias revolucionárias.
Box Wing Jet – Lockheed Martin
A aeronave da Lockheed Martin possui um design inovador para poder reduzir substancialmente o consumo de combustível, além de ser construído com os materiais das aeronaves militares F-22 Raptor e F-35. Outra aposta é sua asa em forma de loop. Além disso, o avião poderia voar mais longe e usar os mesmos aeroportos que existem atualmente, sem nenhuma adaptação.
Novos motores também são a aposta da fabricante. Os motores, 40% maiores que os atuais, poderiam muito bem proporcionar uma velocidade de cruzeiro em voos subsônicos 22% maior que a velocidade atual, praticamente inalterada desde a década de 50, quando foram lançados o Boeing 707, o Douglas DC-8 e o de Havilland Comet.
A Lockheed Martin afirma que o avião poderá ser 50% mais econômico do que qualquer um de seus futuros competidores e segundo eles, devido ao design, os pilotos poderão realizar descidas mais acentuadas sobre as áreas urbanas durante os pousos. A previsão de entrada em serviço da aeronave é para o ano de 2025.
Boeing 797 – Uma asa delta voadora
A Boeing aposta em asas maiores, com o objetivo de reduzir o consumo de combustível, além de aumentar a carga útil. O avião possui dois motores em sua parte superior, contando com a ajuda de duas caudas para proteger as pessoas no solo do barulho produzido pelos motores.
Outras tecnologias para reduzir o ruído e a resistência do ar durante a viagem também são utilizadas na nova aeronave. O ano de apresentação do projeto da NASA foi o fim de 2011, e é em sério candidato a ser realidade nos aeroportos também no ano de 2025.
Volta Volaire – Avião executivo elétrico
A empresa norte-americana GT4 é a responsável pelo projeto do Volta Volaire, que tem tudo para ser o primeiro avião que usa apenas eletricidade para voar. O fundador da companhia, Paul Peterson, afirma que as baterias dos carros evoluíram a um ponto em que são eficientes e leves o bastante para permitir um avião movido a eletricidade.
As primeiras etapas de teste estão sendo realizadas. O avião possui quatro assentos e um motor híbrido, podendo usar combustíveis normais caso a eletricidade acabe. O projeto poderá ser a fonte de uma grande redução de custos. Por exemplo, um voo de 300 quilômetros iria consumir cerca de R$ 40 em eletricidade, mas combustíveis fósseis exigem o gasto de R$ 160 em combustíveis específicos para aviões.
Sugar Volt – Boeing elétrico
A melhor maneira de economizar combustível em um avião é mudar o seu princípio de funcionamento. O Sugar Volt, da Boeing, poderá depender apenas de baterias elétricas para funcionar, reduzindo os custos da viagem e a quantidade de poluição emitida pelos aviões.
Os engenheiros da Boeing repensaram também a propulsão do veículo, com um novo design de asas, dobráveis e mais finas que as atuais. O avião será 55% mais eficiente que qualquer modelo atual, emitindo 60% menos dióxido de carbono e 80% de óxido de nitrogênio, de acordo com a Boeing.
Amelia
O projeto AMELIA (Advanced Model for Extreme Lift and Improved Aeroacoustics) é um veículo subsônico com a capacidade de pousar e decolar aceleradamente. A California Polytechnic State Institute é responsável pelo design do avião, e espera reduzir o ruído ouvido pelas comunidades que vivem perto de aeroportos com sua criação.
Em janeiro desse ano, um modelo em miniatura em uma escala 1/11 do veículo foi testado por pesquisadores da NASA. Vários fatores se destacam no AMELIA, como seus motores, localizados acima de suas asas. O objetivo é que a invenção seja capaz de transportar 150 passageiros sem que eles tenham que esperar muito tempo pelo momento de seu embarque.
Lockheed Martin – Supersonic Green Machine
Quando o último voo do Concorde aconteceu em 2003, acabou a era supersônica do transporte de passageiros no planeta. Mas a Lockheed Martin quer ressuscitar essa tecnologia, procurando desenvolver um modelo mais econômico e mais silencioso.
O Supersonic Green Machine é um avião com motores com capacidade de ciclos variáveis, alternando para o modo convencional durante decolagens e pousos. Combustores seriam responsáveis pela redução de 75% na emissão de óxido de nitrogênio, enquanto a cauda em V invertido do veículo impediria a ocorrência de estrondos sônicos
“Toda a ideia de um design de baixo estrondo é baseada em controlar a força, posição e interação das ondas de choque”, explica o pesquisador de projéteis supersônicos da NASA, Peter Coen. O avião da Lockheed Martin será capaz de gerar ruídos muito menores do que aqueles provocados pelo clássico Concorde.
Por Antonio Ribeiro