O anti-aéreo Buk (Бук) de médio alcance é um SAM (Surface-to-Air Missile) da família de auto-propulsão de médio alcance, desenvolvido pela URSS no final dos anos 70 para servir à União Soviética em defesa contra mísseis de cruzeiro, bombas inteligentes, aeronaves de asas fixas e asas rotativas, e veículos aéreos não tripulados.
Seu desenvolvimento veio a partir de um pedido do Comitê Central, do Partido Comunista da União Soviética, e foi projetado pela mesma equipe que desenvolveu o modelo anterior 2K12 Kub, e também mísseis semelhantes aos utilizados pelas forças navais, sendo capaz de portar alguns outros modelos de mísseis.
Os sistemas de mísseis Buk foram projetados para serem superiores ao Kub em todos os parâmetros, além de contar com a inclusão de um lançador móvel com maior angulação, possibilitando-lhe disparar a 90º. Também foi feita a inclusão de um sistema de radar de controle de fogo, o que traz uma vantagem muito maior em relação ao Kub, que necessita de uma central para todo o sistema de radar.
Para não inutilizar o Kub com a aparição do Buk, os desenvolvedores decidiram que os sistemas de ambos os veículos poderiam compartilhar algumas interoperabilidades, trazendo um aumento significativo em canais de controle de fogo e mísseis disponíveis para cada sistema, além de garantir também uma introdução maior do Buk com os sistemas já existentes para o Kub.
Em uma breve descrição sobre esta máquina, ele possui seis lançadores com radar do tipo TELAR e três lançadores do tipo TEL. Esse sistema, em comparação com o Kub, não necessita mais de cinco minutos para se configurar antes de estar pronto para o próximo disparo. O tempo de reação da bateria do alvo de monitoramento para lançamento de mísseis é de cerca de 22 segundos.
O Buk usa chasssis GM-569, e é produzido pela JSC Mytshchi. Sua superestrutura comporta uma tripulação de quatro pessoas, e é equipada com um sistema de proteção contra contaminação biológica e radiológica. A cobertura de seus radares é capaz de alcançar 32 km, podendo monitorar aeronaves de 15 a 22 km de altitude, sendo ainda capaz de guiar três mísseis em um único alvo.
Seu histórico em batalha não é muito longo, mas já conseguiu provar sua eficiência em Abkházia, quando abateu quatro drones georgianos em 2008. A Geórgia também utilizou esses sistemas durante a Guerra na Ossétia do Sul, no mesmo ano. Eles conseguiram derrubar três Sukhoi Su-25 e um Tupolev Tu-22M russos. E por fim, neste ano passa por suspeita de ter sido utilizado por separatistas pró-Rússia, derrubando um avião da Malaysia Airlines.
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