Sistema de gerenciamento da Rio +20 evita impacto em voos comerciais

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Para que a a convenção Rio+20 fosse possível, no Rio de Janeiro, a FAB montou um esquema especial para gerenciar o tráfego de aeronaves nos aeroportos cariocas. Funcionando entre 13 e 22 de junho, o esquema seguiu todas as previsões. Mesmo com as restrições de segurança no espaço aéreo e com a chegada de 74 aeronaves de comitivas estrangeiras no aeroporto do Galeão, o índice de atrasos e cancelamentos dos voos comerciais foi menor que o registrado normalmente.

Os dias de maior movimentação de voos com aeronaves de delegações estrangeiras foram entre 16 e 23 de junho, com 9,3% e 8,4% dos voos do Galeão e Santos Dumont atrasados, superiores a vinte minutos. A Infraero informou que o índice médio de atrasos nesses aeroportos é de 12,1% no Galeão e 13,1% no Santos Dumont. O Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea aponta que, somente no dia 23 de junho, nada menos que 33 voos extras de comitivas estrangeiras pousaram no aeroporto do Galeão, e que o dia de maior movimento foi no dia 20 de junho, uma quarta feira, quando foram 453 voos no Galeão (incluindo voos civis e de comitivas), e 385 voos no Santos Dumont.

O chefe do CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea), Tenente Coronel Aviador Ary Bertolino, os aeroportos sempre operaram abaixo de 80% de sua capacidade total, conforme recomendação de segurança da Organização de Aviação Civil Internacional. “Os aviões que vieram participar da Rio + 20 foram totalmente absorvidos no aeroporto do Galeão”, explica. A ANAC, a Infraero e todas as companhias aéreas colaboraram em todas as ações de gerenciamento do fluxo de aeronaves comerciais, levando em consideração os aeroportos e seus limites, condições climáticas e a chegada e partida dos voos das comitivas. “Todos esses fatores foram considerados no planejamento”, afirmou o Tenente-Coronel Bertolino.

A coordenação do tráfego aéreo durante a Rio + 20 também pôde ser considerada um treinamento do setor para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. “Foi criada uma Sala de Operações, nos mesmos moldes utilizadas nas manobras militares, que se mostrou bastante adequada”, afirmou o Tenente-Coronel. Todos os voos com Chefes de Estado desembarcaram na Base Aérea do Galeão, localizada ao lado do aeroporto. Lá, além de um esquema especial de segurança, foi montada toda a estrutura necessária para os profissionais do Ministério das Relações Exteriores, Polícia Federal, Receita Federal, Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

Números
3.042 pousos e decolagens do aeroporto do Galeão entre 18 e 24 de junho
118 pousos e decolagens de voos oficiais de comitivas estrangeiras
74 aviões de comitivas estrangeiras passaram pela Base Aérea do Galeão
63 Chefes de Estado desembarcaram e embarcaram na Base Aérea do Galeão
121 voos regulares com autoridades
40 movimentos aéreos em uma hora – pico de operação no aeroporto do Galeão, às 21 horas do dia 20 de junho
3.200 militares da FAB somente na Base Aérea do Galeão 

Por Antonio Ribeiro
Revisão: Athos Gabriel 

Renato Cobel
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