As histórias dos bombardeiros da Segunda Guerra Mundial tem sido um destaque em vários meios de comunicação, incluindo a National Geographic, New York Times, Washington Post, Los Angeles Daily News, entre outras.
O B-17E com o registro 41-2446, era um dos bombardeiros do Esquadrão Kangaroo baseado em Townsville, na Austrália. Era para ter sido um dos B-17 no voo que chegou ao Hickam Army Air Field durante um ataque em 07 de dezembro de 1941. No entanto, o voo foi adiado devido a problemas no motor, mas dia 17 do mesmo mês voou para Hickam e depois alterou o seu caminho para Townsville, na Austrália. Na noite de 22 de Fevereiro de 1942, cinco B-17 decolaram de Townsville, com a missão de atacar navios em Rabaul, um porto de New Britain. A missão foi o primeiro bombardeio pesado americano da Segunda Guerra Mundial.
Infelizmente, este B-17 nunca fez a volta. Depois de ter sofrido danos do fogo inimigo, fazendo a aeronave ficar sem combustível, ele pousou num remoto pântano Agaiambo na costa norte de Papua Nova Guiné. Ao longo dos dias seguintes, enquanto abriam caminho através da grama afiada do pântano, os nove membros da tripulação lutaram contra a malária, fadiga e exaustão pelo calor. Mas surpreendentemente, todos os nove homens conseguiram voltar vivos para sua base de origem.
Depois de um pouso forçado em um dos locais mais remotos do planeta, a aeronave praticamente “desapareceu” e caiu em um esquecimento que durou quase três décadas, até que alguns soldados australianos em manobras de rotina avistaram a aeronave em 1972, ainda parcialmente submersa no pântano e apelidada de “Swamp Ghost”.
Para espanto dos soldados, a aeronave foi encontrada totalmente intacta, as metralhadoras estavam no local totalmente carregadas, e na cabine, havia uma garrafa térmica com o que costumava ser o café. Logo se tornou evidente que esta aeronave seria o exemplo mais bem preservado de um B-17 na existência.
A incrível história dessa aeronave não termina aí. Ao longo dos quase 30 anos, David C. Tallichet e a equipe de salvamento tentaram recuperar o bombardeiro. O governo de Papua Nova Guiné chegou a intervir, fazendo atrasar o processo de recuperação. Finalmente, depois de anos de negociações, foi liberado para voltar para os Estados Unidos em 2010. Em 2011, a Pacific Aviation Museum Pearl Harbor iniciou negociações para receber a aeronave.
“Estamos muito felizes que este tesouro nacional venha para a Pacific Aviation Museum Pearl Harbor, o B-17E do Pântano Santo será uma das jóias raras na nossa coleção de aeronaves. Para restaurar essas aeronaves para os padrões de exibição estática dos museus de aviação, levaremos vários anos para levantar os fundos para fazê-lo. Atualmente nos custa US$ 5 milhões “, disse DeHoff.
Quando a quantia dos fundos para a restauração for concluída, o B-17E vai estar em exibição ao ar livre, em uma área especialmente construída, assemelhando-se ao pântano de Papua-Nova Guiné onde a aeronave foi encontrada, o cenário perfeito para este artefato histórico. O museu aceita doações de aeronaves históricas e memorabilia da aviação. Os artefatos doados são profissionalmente cuidados e apreciados por milhões de visitantes de todo o mundo. O museu aceita também doações em dinheiro para a sua restauração e programas de educação, pois é um museu privado sem fins lucrativos, que depende de sócios e doadores.
Para apoiar o Museu, você pode doar on-line em www.PacificAviationMuseum.org.
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