CMA – Adenóide é uma barreira para o CMA?

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Seguindo com nossa série sobre dúvidas quanto ao CMA – Certificado Médico Aeronáutico, vamos responder à pergunta de hoje:

Dúvida

Boa noite,

Eu ouvi alguns de seus podcasts que gostei muito e tirei milhares de dúvidas. No podcast sobre CMA você comentou sobre o tal desvio de septo. Adenoide é uma barreira para o CMA ? Se sim, o quanto antes fazer a cirurgia melhor, certo ?

Nossa resposta

Adenóide é o nome dado a dois pequenos conglomerados de tecido linfóide, que ficam localizados na rinofaringe, situada atrás das cavidades nasais e acima do palato mole (“céu da boca”). Faz parte do sistema imunológico, produzindo anticorpos. Quando ocorre a hipertrofia das mesmas, geralmente por processos inflamatórios de repetição, poderá prejudicar a respiração e também causar a obstrução da abertura da tuba auditiva, que é o canal de comunicação entre nariz e ouvido médio, e desta forma causar otites e perda auditiva. Quando tratamentos medicamentosos não trazem resultados, opta-se pela cirurgia.

Nos exames de saúde periciais iniciais, um dos exames obrigatórios para o CMA será o Raio X dos seios paranasais, e nos exames de revalidação ficará a critério do examinador ou da ANAC. Desta forma, poderá ser verificado se há alguma patologia em seios da face, que possa ser prejudicial e afetar de alguma forma a segurança de voo. Conforme os requisitos otorrinolaringológicos da RBAC67, o candidato deverá possuir ambos os condutos nasais que permitam a livre passagem do ar. Não poderá ter nenhuma deformidade grave, nem afecção aguda ou crônica da cavidade bucal, nem das vias aéreas superiores. Não pode existir patologia aguda ou crônica grave das cavidades paranasais (seios da face). Caso a hipertrofia de adenóide seja impeditiva à livre passagem do ar, prejudicando a respiração e obstruindo a abertura da tuba auditiva, poderá ser solicitado que realize o tratamento, possivelmente cirúrgico, e posteriormente obtenha o CMA. Portanto, seria ideal que procurasse um médico Otorrinolaringologista para realizar o tratamento, caso realmente necessário – ou seja, se sintomático – e depois fizesse os exames para o CMA.

Atenciosamente,

Dra. Tatiana Trigo

Médica Aeroespacial

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