Kawasaki P-1: Um bom substituto para o P-3C Orion

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Com cerca de vinte anos de operação do P-3C, a Força de Autodefesa Marítima do Japão passou a procurar uma aeronave de patrulha marítima que pudesse substituir o P-3. Os EUA estavam trabalhando no Lockheed P-7, para substituir seus próprios P-3. No entanto, o programa foi cancelado.

Desde então, nenhuma outra aeronave similar conseguia atender às exigências dos japoneses, que decidiram pelo desenvolvimento de sua própria aeronave. O projeto foi concebido para compartilhar muitos dos componentes e design do Kawasaki C-2 – outro projeto local, destinado a substituir o C-1 e o C-130H.

Devido às funções do C-2 e do novo projeto que estavam desenvolvendo serem muito diferentes, apenas um mínimo da semelhança foi atingida. O compartilhamento de recursos de desenvolvimento, permitindo uma grande redução nos custos do novo projeto, foi o lado bom que se pôde aproveitar. Os custos totais do desenvolvimento foram de 3 bilhões de dólares em 2007.

Como o Hawker Siddeley Nimrod, S-3 Viking e P-8 Poseidon, o P-1 é um projeto de um avião turbofan, sendo alimentado por quatro motors IHI F7-10 montados sob as asas, com capacidade de gerar 13.500 lbf cada.

o começo, os projetos do C-2 e P-1 eram independentes. Porém, mais tarde, foi decidido fazer certos componentes em comum, como as janelas do cockpit, o estabilizador horizontal, na parte interna, a unidade auxiliar de potência, o painel do cockpit, o computador de voo e luzes anti-colisão. Isso fez com que os custos do desenvolvimento ficassem 218 milhões de dólares mais baratos.

O P-1 também será a primeira aeronave de produção a ser equipada com o Fly-by-light – o que é uma característica importante, diminuindo os distúrbios eletromagnéticos aos sensores, se comparado com o fly-by-wire. Os sensores Toshiba HPS-106 ativos para varreduras contarão também com quatro antenas de cobertura 360 graus, detector de anomalias magnéticas e sistema de detecção infravermelho, que será usado para detectar submarinos e pequenas embarcações.

Desde o primeiro voo, realizado em 2007, apenas 13 unidades foram entregues, mas estas ainda apresentam alguns problemas com combustão instável em alguns de seus motores em voo. Eles são entregues com oito estações nas asas para armamentos, mais oito estações de bombas internas, tendo capacidade de transportar 20.000 lb em bombas.

Além disso, ele ainda portará mísseis AGM-84 Harpoon, ASM-1C, AGM-65 Maverick, AAM-4 (de fabricação japonesa), e ainda torpedos MK-46, Type 97 e os novos G-RX5, mais minas e bombas de profundidade. Se colocado para voar, será uma ótima opção para a substituição dos P-3C Orion.

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Andrews Claudino