Prático de Piloto Privado 15

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Saudações amigos do Canal Piloto.

Após ser reprovado na aula anterior por causa de erros cometidos no estol de 3º tipo com motor, voltei para Bragança Paulista para fazer apenas a mesma manobra, e passar para a próxima. Como tinha voo agendado para sábado e domingo, resolvi levar algumas coisas para dormir no aeroclube.

Apresentei-me para o voo, conheci o instrutor e fomos para o briefing. No briefing o instrutor me cobrou todos os cheques, obviamente estava com todos na ponta da língua, conversamos como seria a manobra. Briefing realizado, aeronave inspecionada, notificado e fomos voar.

A decolagem estava comigo e o instrutor me auxiliou nos pedais, decolamos e nos direcionamos a represa. Chegando à represa, começamos as manobras de estol de, 2º e 3º Tipo.

Estol de 1º tipo com motor: reduzi para 1800rpm, cabrei até o botão da mistura ficar na linha do horizonte, sentia a aeronave “tremer” e logo estolava, sedia o manche ao mesmo tempo dando motor e recuperava do estol.

Estol de 2º tipo com motor: reduzi para 1800rpm, cabrei até a base dos tanques ficar na linha do horizonte, sentia a aeronave “tremer” e logo estolava. Aliviei o manche até o nariz cruzar a linha do horizonte e então completei o motor, até voltar para o voo reto horizontal. 

Estol de 3º tipo com motor: reduzi para 1800rpm, cabrei até os pedais ficarem na linha do horizonte, sentia a aeronave “tremer” e logo estolava. Aliviei o manche, deixando a aeronave entrar em um leve mergulho, quando a velocidade chegou a 60mph, iniciei a recuperação e depois de recuperar, aplicamos o motor até o voo reto horizontal.

Estol de 1º tipo sem motor: reduzi para 1300rpm, cabrei até o botão da mistura ficar na linha do horizonte, sentia a aeronave “tremer” e logo estolava, sedia o manche ao mesmo tempo dando motor e recuperava do estol.

Estol de 2º tipo sem motor: reduzi para 1300rpm, cabrei até a base dos tanques ficar na linha do horizonte, sentia a aeronave “tremer” e logo estolava. Aliviei o manche até o nariz cruzar a linha do horizonte e então completei o motor até voltar para o voo reto horizontal. 

Estol de 3º tipo sem motor: reduzi para 1300rpm, cabrei até os pedais ficarem na linha do horizonte, sentia a aeronave “tremer” e logo estolava. Aliviei o manche, deixando a aeronave entrar em um leve mergulho, quando a velocidade chegou a 60mph, iniciei a recuperação e depois de recuperar, aplicamos o motor até o voo reto horizontal.

Após ter feito um estol de cada, continuei fazendo apenas estóis de 3º tipo, com e sem motor, de um lado ao outro da represa, sempre prestando atenção em um paraglider que estava na área. 

Fiz um estol de 3º Tipo, e após trazer para o reto-horizontal o instrutor reduz o motor e diz: “Pane Comando”. 65mph, local para pouso e iniciamos o voo planado. Escolhi um pasto em aclive, na minha mente a ideia era tocar no inicio e como era um aclive, logo perderia velocidade na subida, só tinha que ficar esperto com algumas vacas, mas era o melhor local para pouso no momento.

Esse pedaço de terra em aclive foi o local escolhido para pouso

Realizei o cheque de reacionamento. Perguntei se tinha reacionado, ele disse que não, continuei planando até o local desejado e realizei o cheque de aterragem sem potência. Algo em torno de uns 700’AGL ele falou para arremeter, todos os procedimentos realizados com sucesso, subimos para 4500’, voltei a fazer alguns estóis, acredito que tenha sido três, então ele reduziu toda a potência e: “Pane Comando”, a nordeste existia uma pista de grama. 

Direcionei-me para a pista, enquanto fazia todos os cheques (lembrando que era apenas uma simulação), cheques de reacionamento e aterragem sem potência, já estava próximo à pista, quando o instrutor me diz: “está alto, o que nós fazemos?” Ainda não tinha aprendido a manobra, mas como tinha lido todo o manual, já tinha alguma ideia de como deveria proceder. 

Quando ele disse que estava alto, analisei a altura e resolvi fazer um 360º. Na vertical da pista de grama, fiz o 360º, quando aproei novamente ainda estava um pouco alto, então o instrutor pergunta: “Ainda tá alto, o que a gente faz?” Novamente outra manobra que ainda não tinha aprendido, mas como tinha assistido em um filme (Vips), manche para um lado, pedal contrário (momento Wagner Moura de qualidade).

Abaixei a asa para o lado do vento e dei pedal contrário, instantaneamente a aeronave ficou de lado e começou a glissar, ouvi aquele barulho típico da glissada, e senti o vento batendo na janela lateral, adrenalina acompanhou o sorriso. Na mesma hora o instrutor: “Poxa Torquato, mandando muito parabéns, pode arremeter, gostei de ver”.

Desfiz a glissada (que entrarei em mais detalhe na coluna específica) e comecei o voo ascendente, ele não me cobrou mais nada, voltamos para Bragança, ingressando no circuito, ele pediu para alongar um pouco a perna do vento, pois tinha outra aeronave na final.

Os comandos ficaram comigo até a curta final, mas começou um vento de través, ele assumiu os comando e viemos para o pouso de pista. Quando tocamos, ele me ensinou uma forma de frear bruscamente sem haver possibilidades de pilonar a aeronave. Pisando alternadamente e coordenadamente nos pedais, aplica-se o pedal de freio direito, aliviando e aplicando o esquerdo assim sucessivamente, com isso evitaria travar as rodas e causar a pilonagem da aeronave.

Aeronave controlada em solo, comandos comigo novamente, taxiamos e fomos para o debriefing. No debriefing recebi elogios por ter feito as panes com sucesso e algumas orientações e correções. 

Fui aprovado na manobra e o próximo passo, era a glissada.

Forte Abraço, cavok a todos.

Rafael Torquato.

Alexandre Sales
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