Bloch MB.170: O melhor bombardeiro de reconhecimento disponível

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Em 1936, o Ministério do Ar francês iniciou um programa de modernização da frota francesa, que incluía um pedido de uma aeronave multi-função, de dois a três lugares, que poderia ser usada como bombardeiro leve, para reconhecimento, ou até mesmo como uma aeronave de ataque.

O primeiro protótipo, o MB.170 AB2-A3 Nº 01, foi equipado com dois lugares na configuração de bombardeiro, podendo ser convertido para três lugares como observador. Seu primeiro voo aconteceu em Fevereiro de 1938. Ele era alimentado por dois motores radiais Gnome-Rhône 14N, de 970 cv.

Seu armamento já era um tanto quanto forte para a época: um canhão Hispano-Suiza de 20 mm no nariz, mais duas metralhadoras MAC 1934 de 7,5 mm, montadas de forma flexível na parte traseira do cockpit. O segundo protótipo, o MB.170 B3 Nº02, foi dedicado especificamente como observador.

Depois de muitas modificações, surgiram as versões MB.174, 175 e 176, todas com capacidades maiores para bombas, e até mesmo maior manobrabilidade. O Bloch foi realmente um avanço extremo por parte da França, tanto que, no início da Guerra, sua capacidade foi colocada em prova ao conseguir fugir de interceptações alemãs.

Mesmo podendo ser colocada em serviço em 1937, o debate sobre o papel que essa aeronave teria durante as Guerras atrasou o projeto em até três anos. Poucos foram produzidos para poder causar grande impacto durante a Batalha da França. Eles sempre serão lembrados como o avião pilotado durante a campanha por Antoine de Saint-Exupéry, autor de “O Pequeno Príncipe”.

Sua obra chamada “Pilote de Guerre”, traduzida depois para o inglês como “Flight to Arras”, publicada no ano de 1942, é baseada em uma das missões de reconhecimento durante a Batalha da França, em 1940. O livro condensa meses de voos em uma única missão aterrorizante sobre a cidade de Arras.

Andrews Claudino