Linhas Aéreas de Moçambique | HCA 115

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Localizada na região sudeste do continente africano, a República de Moçambique já foi uma colônia portuguesa, assim como o próprio Brasil. Por esse motivo, pertence a um grupo conhecido como PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Moçambique foi colonizada em 1505, cinco anos após o Brasil, e obteve sua independência somente em 1975, seguida de uma guerra civil que durou de 1977 a 1992. Apesar de ter o Brasil como um de seus principais parceiros econômicos, e o português como língua oficial, idiomas nativos como Swahili, Makhuwa e Sena são os mais falados no país.

Moçambique possui sua própria companhia de bandeira, a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique. Ela foi fundada em 26 de Agosto de 1936 sob o nome DETA, acrônimo de “Direcção de Exploração de Transportes Aéreos”. Suas primeiras operações utilizam aeronaves De Havilland, modelos Dragonfly, Hornet Moth e Dragon Rapide. Trabalhando inicialmente com voos charter, logo vieram as rotas postais e os voos regulares para passageiros – muitos deles oficiais do governo. A primeira rota interligava Lourenço Marques (atual Maputo, capital de Moçambique) com Germinston (atual Joanesburgo, principal centro econômico da África do Sul). Operados duas vezes por semana, os voos tinham conexão com uma rota da Imperial Airways, que prosseguia até Londres.

Os primeiros voos intercontinentais vieram somente em 1976, um ano após Moçambique declarar independência de Portugal. Aeronaves Boeing 707, além de um Douglas DC-8, foram utilizadas em rotas que seguiam de Maputo a Lisboa, em Portugal, passando por Beira, segunda maior cidade de Moçambique, e Accra, capital e maior cidade de Gana. A companhia ainda utilizava o nome DETA, sendo renomeada para LAM em 1980 após uma reestruturação motivada por acusações de corrupção na empresa.

Apesar de possuir ótimos registros no que concerne sua segurança de voo, a LAM foi proibida de operar na União Européia desde Abril de 2011. A restrição foi imposta pela Comissão Européia a todas as companhias registradas em Moçambique, razão pela qual a LAM culpa o Instituto de Aviação Civil de Moçambique por essa sanção. A companhia conta atualmente com duas aeronaves Boeing 737, duas aeronaves Embraer 190 e três aeronaves De Havilland Dash 8, que servem a 16 destinos na África e Europa.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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