Ponte Aérea Rio-São Paulo

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Considerada a terceira ponte aérea mais movimentada do mundo, com 7.726 milhões de passageiros transportados em 2012 – ficando atrás apenas das pontes aéreas de Jeju-Seul, na Coreia do Sul, com dez milhões de passageiros por ano, e de Sapporo-Tóquio, com 8 milhões de passageiros – a Ponte Aérea Rio-São Paulo é um acordo firmado entre companhias aéreas brasileiras, que oferecem frequências diárias entre os aeroportos Santos Dumont no Rio de Janeiro e Congonhas em São Paulo.

A Ponte Aérea teve seu início no dia 5 de julho de 1959, pelas empresas Varig, Cruzeiro do Sul e VASP. Atualmente, as empresas que operam esse trecho são TAM, Gol e Avianca Brasil, com um pouco mais de 120 voos diários partindo das duas cidades, em média a cada 10 minutos, entre 6h30 até por volta das 22h.

Quando foi lançada, a Ponte Aérea tinha um protagonista muito charmoso: o Lockheed L-188 Electra, que realizava o percurso com toda sua elegância em 50 minutos, e tinha capacidade para 89 passageiros.

O início dos anos 70 foi marcado por uma série de acidentes na Ponte Aérea Rio-São Paulo. Em 1975, a Varig, já operando jatos domésticos Boeing 727-100 e 737-200, retirou definitivamente os Electras das outras linhas, e passou a operá-los com exclusividade na Ponte Aérea.

Logo em 1991, os tempos do Electra na Ponte Aérea chegavam rapidamente ao fim, dando lugar ao mais recente e moderno 737-300, comprovando que sua operação poderia ser tão segura quanto a do Electras.

Os anos se passaram, a modernidade das aeronaves chegou, o Santos Dumont passou por reformas, companhias aéreas tradicionais se foram para tristeza e saudades. Em 2007, a Gol inseriu o Boeing 737-800 Short Field Performance (SFP) na frota de aeronaves da Ponte Aérea. O modelo foi desenvolvido pela Boeing a pedido da companhia, para ser utilizado no aeroporto Santos Dumont, por este ter uma pista curta.

Com relação aos valores, a Ponte Aérea também mudou. Antes os valores eram padronizados, não havia uma concorrência das companhias, já que era um consórcio com voos escalonados. Também havia um item importante: o passageiro que comprasse um bilhete da Ponte Aérea poderia usar em qualquer uma das concorrentes, e em caso de perda do voo, não pagava multa, poderia seguir no próximo voo.

Será que em algum momento poderemos reviver a Ponte Aérea como era antes, ao menos no quesito das passagens?

Luiz Cláudio Ribeirinho
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