South African Airways | HCA 110

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Localizada ao extremo sul do continente africano, a África do Sul é a principal economia da África, além de ser o palco de uma imensa diversidade cultural. Sua Constituição reconhece nada menos do que onze idiomas como línguas oficiais, e suas fronteiras abrigam comunidades de etnias negras, indianas e européias. Muito próxima à capital federal, Pretória, localiza-se Joanesburgo, o principal polo comercial e político do país. Joanesburgo tornou-se mundialmente conhecida em virtude do Apartheid, o regime de segregação racial que vigorou entre os anos de 1948 e 1994. Felizmente, o Apartheid teve o seu fim graças à atuação de líderes como Nelson Mandela, primeiro presidente da república parlamentar e Prêmio Nobel da Paz do ano de 1993.

A África do Sul é representada na aviação mundial pela South African Airways ou SAA, sua companhia de bandeira. Ela foi fundada em 1 de Fevereiro de 1934, quando o governo sul-africano adquiriu a Union Airways. Suas primeiras operações utilizavam aeronaves clássicas como o Junkers F.13 e o De Havilland DH.60 Gypsy Moth, interligando Joanesburgo a cidades como Durban e Cidade do Cabo. Os primeiros voos internacionais tiveram início em 1945, utilizando aeronaves Avro York com destino a cidades como Nairobi, capital do Quênia, e Cairo, capital do Egito. No ano seguinte, aeronaves Douglas DC-3 e DC-4 viriam a incorporar a frota.

A era dos jatos na South African Airways teve início em 1952, quando a frota recebeu seu primeiro De Havilland Comet, a primeira aeronave comercial a jato da história. Os Comets apresentaram diversos problemas em suas primeiras versões, motivo pelo qual a SAA os substituiu pelo Boeing 707-320 em 1958. Logo viriam novos destinos como Sydney, na Austrália, Nova Iorque, nos Estados Unidos, e Rio de Janeiro, no Brasil.

A SAA sofreu sérios prejuízos por conta das represálias mundiais contra o Apartheid. Seus escritórios ao redor do mundo sofreram ataques, e destinos como Perth e Sydney, na Austrália, tiveram que ser retirados das rotas da companhia. Outros países, como forma de embargo ao regime segregacional, negaram à South African Airways o direito de sobrevoo em seus espaços aéreos, obrigando a companhia a planejar rotas muito mais longas. Com o fim do regime, suas rotas foram restabelecidas, além de serem adicionados novos destinos, como Milão, na Itália, e Atenas, na Grécia.

Atualmente, a South African Airways é membro da Star Alliance, atendendo a 37 destinos em 26 países, espalhados por todos os continentes do mundo. Sua frota é composta predominantemente por aeronaves Airbus – modelos A319, A320, A330 e A340, em sua maioria. Também são utilizadas aeronaves Boeing 737-800 em rotas de curto e médio alcance, além de três aeronaves Boeing 737-300F em rotas cargueiras.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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