TAAG Airlines | HCA 119

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Localizada na porção sudoeste do continente africano, a República de Angola foi durante muitos anos uma colônia portuguesa, assim como o próprio Brasil. Por esse motivo, Angola divide conosco a herança do idioma português como língua oficial. Colonizado em 1484, o país obteve sua independência somente em 1975. Tal como qualquer colônia, Angola sempre precisou de meios eficientes de transporte, para o seu próprio desenvolvimento e, principalmente, para interligação com sua nação metrópole. O advento da aviação veio revolucionar a forma como essas necessidades eram atendidas.

No ano de 1937, o então presidente de Portugal, Óscar Carmona, ordenou a criação de uma companhia aérea de bandeira em Angola. Surgia assim, no ano seguinte, a DTA – Divisão de Transportes Aéreos, como uma subdivisão dos serviços nacionais portuários e ferroviários. As primeiras operações ocorreram em julho de 1940, utilizando aeronaves De Havilland Dragon Rapide, e interligando a capital angolana, Luanda, com a cidade de Ponta Negra, na República do Congo. As operações, no entanto, enfrentavam a escassez de peças causada pela Segunda Guerra Mundial, o que tornava difícil manter a regularidade de voos.

Em 1960, aeronaves Douglas DC-3 vieram modernizar a frota da companhia, seguidas pelos Fokker F-27, que juntaram-se à frota no ano seguinte. Em novembro de 1975, logo após a independência do país, a TAAG entrou para a era dos jatos com a aquisição de aeronaves Boeing 737-200.

Apesar de ser membro da IATA desde 1951, a TAAG foi proibida de voar pelo espaço aéreo europeu em julho de 2007, uma vez que a União Européia manifestou preocupações em relação à segurança da companhia. A medida motivou uma reestruturação total do corpo diretivo da empresa, numa tentativa de reconquistar esse direito de sobrevoo. Em 2009, após ser aprovada em inspeções promovidas pela IATA, a TAAG reconquistou o direito de sobrevoo do espaço europeu, com restrições: apenas suas aeronaves de aquisição mais recente – Boeings 777-300ER e 737-700 – receberam permissão de operar nesse espaço aéreo.

Atualmente, a TAAG atende a 31 destinos domésticos e internacionais, incluindo o Brasil e Cuba, tendo em vista que muitos médicos e professores cubanos residem em Luanda.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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