Muitos aviões fazem história pelo mundo inteiro. Alguns por serem emblemáticos, outros por terem realizado missões ou passado por situações extremas. Geralmente continuam firmes onde estão sendo expostos, ao lado de um livro ou folheto contando todos os seus feitos durante seu tempo de operação.
Em nossa série especial “Tudo por São Paulo”, temos uma aeronave que também fica exposta ao lado de um folheto ou livro, que conta sua breve história. Neste texto, irei apresentar-lhes essa breve história operacional e sua desativação, além de alguns detalhes que chamaram a atenção do público.
O atual PP-KUB fez parte da lista de aeronaves chamadas de “desbravadoras do Norte e Nordeste”. Fabricado pela Douglas Aircraft Company, ele foi originalmente projetado e construído para ser um cargueiro militar (C-47B-45 DK), transportando tropas, equipamentos e materiais durante a Segunda Guerra.
Com o término da Guerra, a VASP, ao estudar o desempenho dessa aeronave e sua resistência, encomendou os usados DC-3 para expandir suas rotas para o Norte e Nordeste do país. Essas novas encomendas serviriam para substituir os Junker JU-52, que já haviam voado por anos servindo à VASP.
Estes aviões cumpriram perfeitamente o papel pretendido pela VASP, que por sua vez possuía intenções de adquirir 27 aeronaves DC-3. O avião PP-SPO, nomeado de “Caparaó”, voou até 1972. Em 1974, o PT-SPO, junto com outros seis DC-3, foi doado ao Projeto Rondon. Em 1975, o PP-SPO recebeu a matrícula PT-KUB.
Em 1980, o PT-KUB foi doado ao Museu de Tecnologia, passando então por um processo de reforma feita pela FAB, com peças sobressalentes de três outros DC-3 que se encontravam no PAMA do Campo dos Afonsos. De lá, seguiu em seu último voo para o Campo de Marte.
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