Wideroe Airlines | HCA 111

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No extremo norte da Europa, já próximo à região polar, encontram-se os países nórdicos. Eles constituem um grupo formado pela Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia, além da Groenlândia e das ilhas Alanda e Faroé, que constituem territórios autônomos. Os países nórdicos são frequente e erroneamente referenciados como “Escandinávia” – apesar do termo designar apenas a região compreendida pela Dinamarca, Suécia e Noruega – e compartilham de muitas similaridades culturais e paralelismos históricos. Frequentemente lembrada como a terra dos Vikings, seus níveis de desenvolvimento humano, qualidade de vida e competitividade econômica estão entre os mais altos do mundo.

A aviação regional dos países nórdicos tem na Wideroe a sua maior e principal representante. Atualmente sediada em Bodo, na Noruega, a companhia foi fundada em 1934, e iniciou suas atividades oferecendo aulas de voo e shows aéreos, além de serviços de cartografia e de publicidade aérea. Dois anos após sua fundação, a Wideroe deu início a um serviço regular de transporte de passageiros em hidroaviões, e em 1940, passaram a oferecer também transporte aeromédico.

Uma curiosidade sobre a Wideroe é que ela nunca teve aeronaves a jato compondo sua frota. Sua característica essencialmente regional levou-a a concentrar seus investimentos em aeronaves a pistão e turbohélice. A frota atual, por exemplo, é composta exclusivamente de aeronaves Bombardier Dash 8, modelos 100, Q200, 8-300 e Q400 NextGen. Isso faz da Wideroe a primeira e única companhia no mundo a operar toda a linha de aeronaves Bombardier Dash 8 de uma só vez. Até mesmo o Embraer EMB 120 Brasilia, de fabricação brasileira, foi empregado pela companhia, que utilizou três unidades em sua frota entre os anos de 1992 e 1998.

Desde o ano 2000, a Wideroe opera como subsidiária da SAS, e tem uma estratégia de negócios bastante consistente. Seu foco está em prover transporte aéreo partindo de localidades pequenas para aeroportos maiores, de onde os passageiros possam usufruir de conexões inclusive para voos internacionais. Desta forma, conseguem suprir as companhias maiores com passageiros, sem concorrer diretamente com elas. Graças ao Conselho Nórdico, um acordo inter-parlamentar formado após a Segunda Guerra Mundial, os cidadãos nórdicos podem circular livremente entre os países da região, sem a necessidade de passaporte, o que também facilita as operações da companhia. Sua malha aérea é composta de 47 rotas interligando os países nórdicos, além de dois voos para o Reino Unido, com destino aos aeroportos de Aberdeen e Newcastle.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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