A história da Air Canada teve início no ano de 1937, quando a Canadian National Railways – principal companhia ferroviária estatal canadense, em operação até os dias atuais – subsidiou a criação de uma companhia de bandeira para a aviação civil do Canadá. Nascida com o nome de Trans-Canada Air Lines (TCA), a empresa operou seu primeiro voo com uma aeronave Lockheed Model 10 Electra, transportando 4 passageiros e malotes de correio, partindo de Vancouver, no Canadá, com destino a Seattle, na região noroeste dos Estados Unidos.
Com o crescimento da demanda por transportes aéreos no período pós-guerra, a companhia modernizou sua frota ao longo das décadas seguintes, passando a utilizar aeronaves como o Douglas DC-3, o Lockheed Super Constellation e o Vickers Viscount. Em 1960, a aquisição de aeronaves Douglas DC-8 trouxe a TCA à era dos jatos.
Em 1964, o parlamento canadense decidiu renomear a TCA para Air Canada, como a companhia já era conhecida entre os canadenses de língua original francesa. Sendo o Canadá uma monarquia constitucional, subordinada à Coroa Britânica, o primeiro voo oficial da Air Canada foi prestigiado pela Rainha Elizabeth II, que embarcou de volta ao Reino Unido após uma série de visitas oficiais ao Canadá.
Na qualidade de uma companhia estatal, por muitos anos a Air Canada foi protegida pelo governo canadense de eventuais concorrências com companhias aéreas privadas. Uma nova regulamentação aérea nacional, emitida em 1978, pôs fim ao controle do governo sobre as rotas e serviços da companhia de bandeira do país. Tendo em vista a competição com a nova abertura de mercado, a Air Canada modernizou sua frota com aeronaves Boeing 727 e 747, além dos widebodies Lockheed Tristar.
No início dos anos 1990, a Air Canada enfrentou severas dificuldades financeiras, em virtude dos impactos da Guerra do Golfo Pérsico no preço dos combustíveis e na economia mundial. A contratação de um novo CEO – Hollis L. Harris, ex-executivo da Delta Airlines – trouxe a companhia de volta ao patamar de rentabilidade. Mesmo com as ações de Harris e a expansão com a aquisição da Canadian Airlines, em 2001, a Air Canada chegou a entrar com processo de falência em 2003. Temendo impactos na economia e altas taxas de desemprego, o governo canadense voltou a intervir em favor da companhia.
Atualmente, a Air Canada opera com boa saúde financeira e altos índices de segurança, atendendo a 181 destinos espalhados em 46 países ao redor do mundo, nos cinco continentes. Sua frota conta com aeronaves Boeing modelos 767, 777 e 787, além de aeronaves Airbus modelos A319, A320, A321 e A330, e dos E-Jets E190 da Embraer, utilizados nas rotas de curto alcance. Para o ano de 2017, estão previstos os inícios das operações do Boeing 737 MAX com a “Maple Leaf” da Air Canada pintada na deriva.
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