Entre os anos de 1800 e 1949, a região da atual Indonésia era conhecida ainda como Índias Orientais Holandesas. Como o próprio nome sugere, tratava-se de uma colônia da Holanda, cuja independência foi declarada em 17 de Agosto de 1945, e reconhecida oficialmente apenas em 27 de Dezembro de 1949. Em meio a esse período, em 16 de Julho de 1928, um grupo de investidores locais fundou a KNILM – acrônimo para “Koninklijke Nederlandsch-Indische Luchtvaart Maatschappij”, ou se preferir, “Linhas Aéreas das Índias Holandesas Reais”. Apesar da semelhança de nomenclaturas e da origem holandesa, a KNILM, durante suas operações, jamais teve qualquer associação com a KLM, a companhia de bandeira da Holanda.
Utilizando como base a cidade de Batavia – atual Jacarta, capital Indonésia – a companhia operava voos semanais para diversas cidades do arquipélago. A cidade de Bandung recebia dois voos por dia em estações de tempo mais úmido, e três voos diários em épocas mais secas. Havia, ainda, um voo diário para a cidade de Surabaya, com escala em Semarang. Surabaya, conhecida como “A Cidade dos Heróis”, é atualmente a segunda maior cidade da Indonésia. A rota que a interliga com a capital Jacarta é, até os dias atuais, uma das 10 rotas mais voadas do mundo.
Devido à abundância de seus recursos petrolíferos e de sua localização estratégica, as Índias Orientais Holandesas se tornaram alvo dos países que combatiam a Segunda Guerra Mundial. Por conta disso, os Japoneses, em nome do Eixo, empreenderam uma campanha de bombardeio e tomada da região. Isso levou à destruição de muitas aeronaves da KNILM, incluindo um Douglas DC-3 destruído ainda em solo, com tripulação e passageiros a bordo, dos quais não houve sobreviventes. As aeronaves que resistiram aos ataques foram utilizadas para evacuação de civis e transporte de tropas.
Após a independência da Indonésia, a KNILM viu-se impedida de continuar em operação, em virtude dos conflitos entre nacionalistas indonésios e a milícia holandesa. Em 1 de Agosto de 1947, a companhia foi oficialmente dissolvida, tendo seus ativos transferidos à KLM. Esta, por sua vez, utilizou-se desses ativos para criar a KLM Interinsulair Bedrijf, atual Garuda Indonesia, empresa que serve o arquipélago até os dias atuais.
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