Localizada na região centro-sul do Alasca, a cidade de Anchorage é o principal centro comercial do gélido estado americano. A partir dali, é possível chegar a 90% das principais localidades industriais do mundo, em voos de até nove horas e meia de duração. Por esse motivo, sua localização é estratégica para empresas de logística, que a utilizam como um ponto chave de distribuição de encomendas ao redor do mundo. Antes de contar com a aviação comercial, no entanto, a região passava por consideráveis dificuldades. As correspondências, por exemplo, eram entregues por barcos a vapor e, durante os períodos mais rigorosos, apenas por trenós puxados por cães.
Felizmente, no início do século XX, a recém-surgida aviação prometia trazer mudanças a esse cenário. Um dos primeiros a vislumbrar essa possibilidade foi Wesley Earl Dunkle, que era superintendende em uma companhia de mineração no Alasca. Assim como muitos moradores de sua região, Dunkle também se interessava em aprender a voar, porém a escola de aviação mais próxima ficava em Seattle, ao norte do oeste americano. Foi lá que Dunkle conheceu o instrutor Steven Mills, além de seu sócio, ex-aluno e também instrutor John Waterworth. Interessado em investir na formação de pilotos no Alasca, Dunkle encorajou Mills e Waterworth a se mudarem para Anchorage, dando início a uma das primeiras escolas de aviação da região: a Star Air Service, posteriormente rebatizada como Star Air Lines.
A Star Air Lines iniciou suas operações em 1932, com um biplano transportado até Anchorage em um barco a vapor. Os negócios da nova companhia viriam a ser gerenciados por outro aluno de Mills, o canadense Charles Ruttan. Apesar do foco principal da empresa serem os voos de instrução, a Star Air Lines também transportava malotes, caçadores, pescadores e turistas, como era usual às primeiras companhias aéreas da região.
Ao longo de sua história, a companhia operou aeronaves Curtiss, Bellanca, Stinson, Lockheed, Fairchild e Ford, entre outros modelos. Em seus tempos de maior atividade, sua frota chegou a ter 15 aeronaves operando voos fretados e de instrução. Com a aprovação do Ato Aeronáutico Civil Americano, em 1938, muitas companhias de menor porte precisaram se unir, a fim de continuarem existindo sob as novas regras. O mesmo aconteceu com a Star Air Lines, que fundiu-se com outras companhias de sua região para dar origem à Alaska Airlines, em operação até os dias de hoje.
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