História das Companhias Aéreas – Capítulo 42

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Capítulo 42

Fundada em 15 de Setembro de 1925, a companhia aérea Lloyd Aéreo Boliviano foi a empresa de bandeira da Bolívia durante 73 anos. Recebeu esse nome em referência ao Lloyd’s of London, um mercado de seguro e resseguro britânico, famoso por sua imagem de solidez e segurança.

Suas primeiras operações utilizavam aeronaves Junkers F.13, que foram presentadas à companhia pela Comunidade Germânica da Bolívia. Seus primeiros destinos foram as cidades de La Paz, sede do governo Boliviano, e Corumbá, no Brasil. Graças a um acordo com a brasileira Syndicato Condor, passageiros de ambas as empresas podiam viajar entre o Rio de Janeiro e os destinos da LAB na Bolívia. Novos destinos no Brasil surgiram para a companhia boliviana, tornando-a a segunda maior companhia da América do Sul, logo após a Avianca.

Em virtude da Guerra do Chaco, travada entre Bolívia e Paraguai entre os anos de 1932 e 1935, a frota e as tripulações da LAB foram convocadas a servir as forças armadas de seu país. Terminado o conflito, a linha aérea foi reestabelecida às suas funções civis, tornando-se a companhia de bandeira da Bolívia em 1941. Pelos serviços prestados ao seu país, não somente durante a guerra, a companhia foi condecorada com a Ordem do Condor dos Andes, em 1950.

A frota da LAB recebeu modernizações em 1957, quando aeronaves Lockheed L-188 Electra foram incorporadas aos seus ativos. Posteriormente, em 1969, a companhia entrou na era dos jatos, passando a operar com aeronaves Boeing 727, que lhe permitiram atingir destinos na América Central, Estados Unidos e Espanha.

Apesar de todos os êxitos em seu histórico, a gestão da Lloyd Aéreo Boliviano foi marcada por inúmeras dificuldades financeiras. Metade de suas ações chegaram a ser adquiridas pela brasileira VASP em 19 de Outubro de 1995, que devolveu-as aos investidores bolivianos no ano de 2001, tendo em vista as dificuldades em gerir a companhia em um quadro financeiro de tamanha criticidade. A debilitada saúde financeira da empresa levou-a a encerrar suas operações no ano de 2008, tendo sua licença de operações por fim revogada no ano de 2010.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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