No edição de 2013 do Dubai Air Show, a Boeing lançou o seu mais recente avião, o 777X, recebendo mais de 259 encomendas, em contratos que superam os US$ 100 bilhões. No primeiro dia, a Boeing recebeu 150 pedidos, sendo 50 aviões encomendados pela Qatar Airways e 25 encomendas pela Etihad Airways – destes últimos, 17 unidades do 777-9X e 8 do 777-8X. Já a Emirates Airlines, atualmente a maior operadora do 777, encomendou 150 aviões, sendo 115 unidades do 777-9X e outras 35 do 777-8X, em números que se somam aos 34 aviões encomendados pela Lufthansa.
Estes números tornam o 777X o programa mais bem-sucedido da história, tanto em número de vendas no primeiro dia, quanto em valores absolutos.
A Lufthansa foi o cliente lançador do projeto. Com o programa finalizado, ficaram claras as melhorias recebidas na segunda geração do 777, o atual best-seller da Boeing e líder absoluto no segmento widebody de longo curso.
A Boeing aprimorou o 777 em praticamente todos os aspectos. Uma grande preocupação estava em melhorar a eficiência aerodinâmica, com destaque no estabilizador vertical. Este segue um projeto parecido ao utilizado no 787 Dreamliner, contando com um sistema de controle do fluxo laminar híbrido derivado do 787-9, que será ampliado para os bordos de ataque dos estabilizadores verticais e horizontais do 777X.
Algumas tecnologias desenvolvidas para o Dreamliner foram melhoradas e aplicadas no novo projeto, como o desenho das asas, que devem ser as mais eficientes já projetadas para um avião comercial. Mas o que mais chamou a atenção foi o uso intensivo de materiais compostos e novas ligas metálicas, presentes em praticamente todo o avião.
A Boeing confirmou que, em função da grande envergadura (71,1 metros), o 777X contará com pontas dobráveis das asas, similar ao encontrado em aeronaves embarcadas como o F/A-18 Super Hornet, reduzindo assim a envergadura para 64,8 metros. Tal solução chegou a ser proposta ainda na década de 1990, quando o 777-200 estava em desenvolvimento, mas não foi adotada por nenhuma empresa aérea, segundo a Boeing.
O Boeing 777 hoje domina 55% do mercado na sua categoria, e está ameaçado pelo lançamento do Airbus A350. Com a nova geração, a versão B777-8X irá competir diretamente com o A350-1000, enquanto o B777-9X vai criar uma categoria única.
Os novos B777X terão novas asas dobráveis, novas turbinas, janelas maiores, e cabine mais ampla. Eles consumirão 12% menos combustível e terão 10% menos custos operacionais em relação aos concorrentes, segundo a Boeing. A produção deverá começar em 2017, e a primeira entrega ocorrerá em 2020.
Fichas técnicas:
Boeing 777-8X
- Passageiros: 350 em três classes
- Alcance 17220 km
- Envergadura 71,1 m (em voo) / 64,8 m (asa dobrada)
- Motores GE9X
- Preço US$349,8 milhões
Boeing 777-9X
- Passageiros: 400 em três classes
- Alcance 15185 km
- Envergadura 71,1 m (em voo) / 64,8 m (asa dobrada)
- Motores GE9X
- Preço US$377,2 milhões
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